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São Leão Magno

Redação - 10 de novembro de 2019 - 09:00

São Leão I, Papa e Doutor da Igreja, nasceu em Toscana, Itália, no fim do século IV. Era diácono da Igreja no tempo do Papa Celestino I e foi eleito papa, em 440, quando se encontrava na França, realizando uma importante missão política. Governou a Igreja de 440 a 461 e, nesse tempo, praticamente o mundo inteiro se relacionou com ele. Considerado um dos maiores pontífices da Igreja dos primeiros séculos, assumiu o pontificado num período de enormes dificuldades, tanto políticas como religiosas, com a fé católica ameaçada pelas heresias que proliferavam no Oriente. De espírito compreensivo e larga visão, São Leão Magno não se prendia a detalhes que considerava pequenos, mas procurava a todo custo preservar a integridade da fé e a unidade da Igreja. Lutou contra o monofisismo, heresia que afirmava que em Cristo havia apenas uma natureza: a divina misturada com a humana. Em 451, durante o Concílio de Calcedônia, que foi convocado pelo imperador do Oriente, sua carta sobre as duas naturezas de Cristo – a humana e a divina – foi aplaudida pelos bispos que disseram: “Pedro falou pela boca de Leão”. São Leão Magno tinha os talentos de um homem de estado. Dono de um coração nobre e magnânimo e de uma enorme coragem, tomou posições claras e firmes contra os abusos de poder e ambição dos governantes de seu tempo. Para salvar Roma da pilhagem dos bárbaros, não se intimidou nem ante Genserico, nem ante Átila, o rei dos hunos, e salvou a cidade de Roma de uma destruição que parecia inevitável. São Leão Magno deixou 96 sermões escritos, 173 cartas sobre questões doutrinárias e litúrgicas e numerosas homilias que chegaram até nós. Essas obras, escritas em linguagem acessível, mostram um pastor paternalmente dedicado ao bem espiritual do seu rebanho. Foi o primeiro Papa a receber o apelido de Magno, isto é, Grande.

Hoje Leão Magno, que não se omitiu diante da ameaça que pesava sobre os romanos, mas ultrapassou as paredes da sacristia para deter a ambição dos bárbaros e livrar Roma da destruição, nos convida a ligar a nossa fé com todas as dimensões da vida. Hoje somos convidados por ele a avançar para águas mais profundas para combater os dragões da ganância, da corrupção e da impunidade que machucam e destroem os mais fracos, a marcar posição firme contra os que oprimem o povo, a posicionar-nos contra os governantes e políticos, que não estão comprometidos com o direito e a justiça.

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