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Geral

Reinaldo : um governador pragmático

Manoel Afonso - 05 de outubro de 2015 - 16:15

Esqueçam aqueles velhos tempos de Fernando Correia da Costa, Wilson Barbosa Martins e outros que se alinharam partidariamente para governar. Naquela época contava muito a ‘folha corrida’ do companheiro para ser nomeado a cargos de primeiro ao último escalão. Até a faxineira do colégio tinha que demonstrar fidelidade e tradição ao partido governante.


Mas após a volta da democracia e com a facilidade para se criar novas siglas, os governantes passaram a ser mais flexíveis na escolha de seus auxiliares. Evidente que levam em conta o aspecto partidário, mas sem desprezar a competência e os nomes de outros partidos coligados nas eleições.


O exemplo que vem ocorrendo no Mato Grosso do Sul é bem isso. Reinaldo – que havia participado da coligação que apoiou Bernal para prefeito, elegeu-se sem esconder sua convicção tucana. Sua determinação em prol de Aécio, criticando duramente o PT e seus candidatos locais, foi uma prova viva de que não visava apenas a própria eleição ao Parque dos Poderes. Foi coerente, queria Aécio no Planalto.


Como governador, foi grato aos fieis companheiros de primeira hora. Eles foram aquinhoados com cargos importantes na maquina administrativa. Mas isso não era tudo. Não bastava. Era preciso viabilizar o governo politicamente na Assembleia Legislativa.


Aí entrou em cena o pragmatismo e o bom senso do governador. Costurou composição onde se contentou em premiar José Teixeira ao cargo de Secretário e abraçando a candidatura de Jr. Mochi a presidência. A fórmula deu certo pela franqueza e transparência do governo junto ao Legislativo.


Mas em 2016 teremos eleições. Ao seu estilo, Reinaldo vem se aproximando de lideranças que não o apoiaram, construindo uma base forte que eleja prefeitos de cidades importantes. As adesões recentes de Ruiter (Corumbá) e Hashioka ( Nova Andradina) mostram isso. Além disso, não esconde suas relações cordiais com Marquinhos Trad e Nelson Trad pensando na sucessão da capital.


Aí, com a mesma naturalidade que admite as dificuldades financeiras do Estado, Reinaldo não descarta as alternativas para vencer o PMDB e PT, admitindo alianças praticas que favoreçam seu projeto político e de governo.
Pode até não estar certo, mas poderá vencer por eventuais equívocos dos adversários.
Afinal, na política conta muito o fator sorte, que Reinaldo tem!


De leve.

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