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Profissionais discutem serviço móvel de urgência

Irene Lôbo / ABr - 20 de março de 2006 - 14:16

Mais de 1,3 mil profissionais que trabalham no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192) em todo o país estão reunidos a partir de hoje (20) no 1º Congresso da Rede Nacional SAMU 192. Eles vão trocar experiências, avaliar o desempenho do serviço e verificar o que precisa ser melhorado.

O SAMU foi lançado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2003, mas começou a ser implantado no país em 2004. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente são atendidos pelo programa 82,3 milhões de brasileiros em 604 municípios de 24 estados e do Distrito Federal. A rede de atendimento é composta por 91 serviços.

A coordenadora nacional do SAMU, Irani Ribeiro de Moura, diz que até o final de abril serão habilitadas mais 25 serviços, totalizando uma rede de 116 SAMUs em 870 municípios, ampliando a cobertura para 92 milhões de brasileiros.

"Com a implantação do SAMU nós queremos mudar o cenário de atenção às urgências no país. Hoje um cidadão procura uma unidade, espera de uma a duas horas para ser atendido, e às vezes não é o melhor local para o seu atendimento", afirma Moura.

Segundo ela, a partir da implantação do SAMU, a população passou a ter um número gratuito, 192, que uma vez acionado permite o contato imediato com o médico. O profissional pode orientar o paciente ou, nos casos mais graves, encaminhar uma ambulância para dar o primeiro atendimento em domicílio ou no local do acidente.

Além das ambulâncias, o serviço também conta com helicópteros e aviões para o transporte de urgência. O serviço aéreo do SAMU funciona em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O chefe da divisão de saúde e assistência social da PRF, Marcos Basílio, explica que o transporte de vítimas de acidentes ou enfermos envolve três níveis. O terrestre é feito por ambulância para distâncias de até 100 km. O segundo nível, que são os helicópteros, cobrem de 100 a 400 km e o último nível são os aviões de maior porte ou jatos.

Em Brasília, a PRF oferta duas aeronaves com dois tripulantes, e o SAMU envia um médico e um enfermeiro para cada uma. Pelo serviço, o Ministério da Saúde repassa R$ 35 mil por mês.

"A polícia rodoviária vem agregar ao SAMU o nível intermediário, com duas aeronaves no sistema, podendo num futuro próximo compor as equipes do próprio ministério", acredita Basílio.

Nesta segunda-feira, os profissionais do SAMU tiveram acesso aos cursos "pré-congresso". Um dos que mais atraiu profissionais foi o de Transporte e Resgate Aeromédico, que ensinou como deve ser feito o atendimento e o transporte de pacientes em situação de emergência nos helicópteros da rede.

Até o dia 23 de março, vão ser debatidos temas como organização regional, a importância dos comitês gestores, regulação médica, organização dos serviços, capacitação e educação permanente dos trabalhadores.

Ao final das discussões serão elaborados relatórios com propostas e encaminhamentos para apresentação em plenária. A abertura oficial do 1º Congresso da Rede Nacional SAMU 192 será feita pelo ministro da Saúde, Saraiva Felipe, amanhã (21), às 20h.

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