A Secretaria da Fazenda e a Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária apresentaram hoje à imprensa, cerca de 2.500 notas fiscais frias ou clonadas de um total apreendido de 12.500. A fraude foi avaliada, inicialmente, em R$ 5 milhões, mas a investigação detalhada dos documentos apreendidos pode revelar valores maiores. O crime vinha ocorrendo desde 2002 em empresas envolvidas com a comercialização e transporte irregular de cereais das cidades de Rio Verde, Jataí, Iporá, Chapadão do Céu e Goiânia. Os nomes da empresas estão sendo mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações. Ninguém foi preso.

Os serviços de inteligência da polícia Civil e da Sefaz, estavam investigando as empresas desde o final de dezembro do ano passado. A operação foi desencadeada há uma semana depois que a Secretaria da Fazenda de São Paulo solicitou investigação sobre a idoneidade de algumas notas, quando ficou constatada a irregularidade. Cerca de uma dezena de pessoas estão envolvidas na fraude, entre elas donos de gráficas, escritório de contabilidade, transportadores e produtores.

De acordo com o delegado Rogério Santana Ferreira, as pessoas envolvidas poderão ser enquadradas em crimes contra a ordem tributária e, dependendo das provas, até mesmo em formação de quadrilha. O gerente de Fiscalização da Sefaz, Roni de Sousa, disse que todos os que estão envolvidos terão que regularizar seus débitos, o que implicará em cobrança de juros e multas de até 100% do valor do imposto devido.