O Brasil é campeão Sul-Americano Sub-17 pela sétima vez. Em jogo deste domingo à noite, em Maracaibo, a Seleção Brasileira dirigida pelo técnico Nélson Rodrigues empatou em 2 a 2 com o Uruguai, com gols de Ramon e Kerlon, este o artilheiro do Sul-Americano da Venezuela com oito gols e eleito também o melhor jogador da competição.

O empate em 2 a 2 que deu o título ao Brasil, favorecido pela vantagem no saldo de gols sobre o Uruguai, foi obtido com técnica e também raça, pois o time ficou com 10 jogadores aos três minutos do segundo tempo, devido à expulsão de Ânderson.

A Seleção Brasileira, que já havia garantido a participação no Mundial Sub-17 do Peru de 2005 (de 16 de setembro a 2 de outubro), disputou sete jogos no Sul-Americano da Venezuela. Marcou 27 gols e sofreu 11. o meia Denílson, do São Paulo, foi o capitão do time.

Brasil reage ainda no primeiro tempo

A Seleção do Uruguai, a quem só a vitória interessava para ficar com o título, partiu com tudo no início do jogo em busca do resultado e acabou tendo sucesso. Tomou a iniciativa do jogo e aos cinco minutos quase marcou, não fosse a segura defesa do goleiro Felipe. Dois minutos depois, porém, o atacante Figueroa fez boa jogada e chutou cruzado no canto esquerdo de Felipe, dessa vez sem defesa.

O Brasil sentiu o gol e demorou um pouco a se encontrar na partida. Quando conseguiu se organizar melhor, explorando as laterais do campo, principalmente com o lateral-esquerdo Marcelo, o time passou a criar seguidas oportunidades para empatar.

Aos 10 minutos, Kerlon, em jogada individual já tinha ameaçado, como também aos 11, Sidnei quase empatou em uma cabeçada. Mas a melhor oportunidade viria aos 34 minutos, quando Kerlon chutou por cima do travessão.

A essa altura, o Brasil já tinha o domínio da partida e fazia por merecer o empate, que acabou acontecendo aos 43 minutos. Em cobrança de escanteio, feita por Marcelo, Ramon apareceu livre pelo meio para cabecear e fazer 1 a 1. Foi o quinto gol de Ramon no Sul-Americano.

Título veio com técnica e raça

No segundo tempo, a Seleção Brasileira se viu prejudicada pela expulsão
de Ânderson, em lance em que o juiz interpretou simulação de falta sofrida pelo atacante e aplicou-lhe o cartão amarelo - como já havia recebido um no final do primeiro tempo, Ânderson foi expulso.

A Seleção Brasileira não se abateu por ficar com menos um jogador. Ao contrário, chegou rapidamente ao segundo gol, aos oito minutos, em jogada que Kerlon recebeu na frente, matou no peito e tocou com categoria para fazer 2 a 1. Foi o oitavo gol de Kerlon, o artilheiro do Sul-Americano.

A grande desvantagem no jogo, já que o obrigava a marcar dois gols para ganhar o título, não deixou o Uruguai com outra alternativa, a não ser buscar o ataque a qualquer custo. Ainda assim, a Seleção Brasileira não perdeu a tranqüilidade, não permitindo ao adversário chances para finalizar com perigo.

Quando o jogo parecia controlado, com o Brasil inclusive chegando a ameaçar em jogadas de contra-ataque, o Uruguai conseguiu o empate. Aos 31 minutos, em lance de desatenção da defesa, Figueroa chutou com categoria para encobrir Felipe e fazer 2 a 2.

Daí em diante a pressão passou a ser do Uruguai, mas a Seleção Brasileira soube se defender com garra a aplicação para garantir o empate. Aos 49 minutos, o Uruguai ainda cobrou uma falta no travessão, no último lance do jogo. O placar de 2 a 2 prevaleceu e o título, merecidamente, ficou com a Seleção Brasileira.

A Seleção Brasileira campeã sul-americana derrotou o Uruguai com Felipe (Santos), Leyrielton (Goiás), Sidnei (Internacional), Samuel (Atlético Mineiro) e Marcelo (Fluminense); Roberto (Guarani), Denílson (São Paulo), depois Maurício (Corinthians), Ramon (Atlético Mineiro) e Kerlon (Cruzeiro), depois Renato (Flamengo); Ânderson (Grêmio) e Igor (Corinthians), depois Ricardinho (Atlético Paranaense).