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Amigo oculto, o "tiro no pé" nas festas de fim de ano

Campo Grande News/ Elverson Cardozo - 04 de dezembro de 2012 - 15:54

Chega o fim do ano, volta a onda do espírito natalino e, com ele, as brincadeiras e confraternizações que já viraram tradição. Trocar presentes entre os amigos, colegas de trabalho e familiares virou ritual. O problema é que muita gente não tem a mínima aptidão para identificar o gosto alheio e acaba errando feio na hora de presentear o amigo oculto.

A “bola fora”, de tão comum, parece regra. Sempre tem aquele que sai chateado por ter recebido algo que não gostou ou reclamando que comprou um presente caro e recebeu um agrado barato.

Tem quem ama receber sabonetes, outros não gostam nem de pensar na possibilidade. Porta-retrato é outro motivo de discórdia. Incensos, perfumes, aromatizantes e guloseimas também. Acertar na roupa ou no calçado é outro desafio.

A lista dos possíveis presentes “tiro no pé” é imensa, mas não há receita, até porque gosto é algo individual, felizmente. A dica é ficar atento, prestar atenção na personalidade do colega, avaliar o que ele gosta, o que costuma usar e o que prefere ler, por exemplo.

Flamenguista roxo, Juliano Figueiredo de Oliveira, de 24 anos, ganhou, certa vez, um porta-retrato do Corinthians. O jeito foi retirar os adesivos do Timão para deixar o objeto “neutro”.

Quem deu o presente foi uma secretária que havia sido contratada recentemente na empresa onde trabalhava. “Eu dei aquela disfarçada. Eu tentei pelo menos”, relembra.

Mas essa não foi a única vez. Em outra situação, Juliano recebeu um cinzeiro de presente, mas não fumava na época.

Thalita Aparecida da Cunha Oliveira, de 18 anos, não participa mais dessas brincadeiras. O último presente que recebeu não agradou. “Ganhei uma blusa feia, muita feia, parecia um pano de prato. Só olhei e falei: Obrigada”, contou.

Ivonete Borges, de 37 anos, também não levou sorte. Em um amigo oculto que participou, quando trabalhava em uma casa de família, ganhou uma chaleira. A vizinha foi a responsável pela surpresa.

“Fiquei triste, mas fazer o que? Falei que gostei”, relembrou. Para a dona de casa, trocar presente com quem não conhece é um tiro no pé.

A professora Geruza Pereira dos Santos, de 33 anos, pensa da mesma forma, mas não deixa de participar das brincadeiras de fim de ano. Leva na esportiva e valoriza as boas relações.

Apaixonada por romance e publicações de atualidades, Geruza já ganhou um livro de terror. Não chegou nem a ler. “Eu não me preocupo com o que eu vou ganhar. É tudo uma brincadeira”, comenta.

Aos 71 anos, o vendedor ambulante João Germano é mais prático. Dispensa as brincadeiras para agradecer o ano e brindar as amizades. Nem presente gosta de ganhar e não é por conta do gosto. “Sou diferente de todo mundo. Não gosto que gastem nada comigo”, explicou.

\"Sabe o que eu quero para o natal? Saúde\", acrescentou.

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