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Agentes penitenciários querem aumento e reposição de 30%
Os agentes penitenciários estaduais já se preparam para negociar com o governo do Estado o reajuste salarial a ser concedido neste ano de olho em uma possível paralisação da categoria. O alerta partiu do presidente do Sindicato da categoria, Fernando da Anunciação, ao ressaltar que os funcionários do setor no vizinho Mato Grosso estão em greve desde a última semana.
O sindicalista ressaltou que a data-base da categoria é fixada em maio, porém, as conversações deverão ser iniciadas junto ao governo após o Carnaval. Já existem pedidos para agendar conversas com a secretária de Administração [Thiê Higuchi] e com o governador, salientou Anunciação, ao afirmar que os agentes prisionais estão com os ganhos defasados há quatro anos.
A intenção é de se pleitear um reajuste de 35%, dos quais 30% são equivalentes às perdas salariais dos últimos quatro anos, disse Anunciação. O piso da categoria, hoje, é de aproximadamente R$ 800, chegando a R$ 1,4 mil com benefícios e valores extras. Embora também ressalte o fato de que a categoria está sobrecarregada pela falta de pessoal ele afirma que um agente chega a fazer o serviço de dez Anunciação declarou que as conversas com o Estado serão voltadas, a princípio, apenas para o reajuste.
A defasagem de pessoal vem sendo apontada por nós há anos. E ultimamente o governo tem tomado medidas, como a contratação de novos agentes. Nosso maior problema é o salário, que está bem abaixo ao de outras categorias da Segurança Pública, disse o presidente do Sindicato. Hoje, Mato Grosso do Sul possui aproximadamente 1,3 mil funcionários no setor, dos quais 800 são voltados para a segurança prisional. Anunciação destacou que, caso as conversas não evoluam favoravelmente, uma paralisação não estaria descartada.