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Acadêmicos de 13 cursos da UFMS ameaçam boicotar Enade
Alunos de 13 cursos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) farão uma assembléia para decidirem se boicotam ou não o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudante), que acontece no dia 9 de novembro.
Com isso os alunos estão tentando melhorar a qualidade dos cursos oferecidos pela universidade. Isso porque, se os alunos têm uma média maior que três no Enade, o MEC [Ministério da Educação e Cultura] não vem fiscalizar as instituições in loco. O que é prejudicial para os alunos, conta Ítalo Minhomem, colaborador do DCE (Diretório Central Estudantil).
No último dia 27 os estudantes se reuniram para decidirem se fazem ou não o boicote, porém foi decidido que cada curso vai tomar sua própria decisão.
Segundo Ítalo, a universidade tem se beneficiado das boas notas dos alunos e mascarado a qualidade do ensino. Aqui na UFMS eles estão dando ursinhos específicos só para os alunos fazerem as provas, elevando a média das notas e escapando da fiscalização do MEC.
Ítalo relata que muitos cursos não são vistoriados pelo Ministério há mais de dez anos. Temos curso sem professores, sem sala, sem equipamento. Toda a fama da instituição se deve ao empenho dos alunos, reclama.
O acadêmico explica como deve ser o boicote: como os formandos são obrigados a fazerem o Unade, diferentemente do antigo Provão, todos deverão assinar a lista de presença, mas entregar a prova em branco.
Não há nenhum prejuízo para quem fizer isso, porque a nota é confidencial, somente o aluno toma conhecimento, e no histórico escolar mostra somente se o aluno fez ou não o Unade, detalha.