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Saiba o que o advogado do Paulão falou no programa Rotativa no Ar

Bruna Girotto - 04 de setembro de 2013 - 15:00

O soldado Paulão é suspeito de ter matado o tenente Eufrásio em outubro de 2011
O soldado Paulão é suspeito de ter matado o tenente Eufrásio em outubro de 2011

Em entrevista concecida ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca de Cassilândia, Pedro Navarro Correia, advogado do soldado Adriano Paulo da Silva, falou mais sobre o caso.

O soldado, conhecido por Paulão, é suspeito de matar à queima roupa o então comandante da corporação, tenente Mário José Eufrásio da Silva, 49 anos, lotado também no batalhão da PM de Cassilândia. O crime aconteceu na madrugada de 15 de outubro de 2011.

O advogado disse que a liberdade de Paulão foi concedida na última sexta-feira, com expedição do alvará de soltura pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

"Na segunda-feira, ele passou por atendimento médico. Hoje se encontra na casa de parentes na região, mas não em Cassilândia", explicou.

Sobre a absolvição de Paulão perante a Auditoria Militar, de crimes supostamente cometidos por ele, em março de 2013, enquanto estava preso, o advogado explicou: "Foi um problema que aconteceu enquanto ele estava preso. Ficou constatado por perícia que ele não entendia seus atos naquele momento. Naquele ato, constatou que ele era inimputável".

Para a morte do tenente Eufrásio, o advogado disse que a inimputabilidade não será a linha defesa. Neste caso, a inimputabilidade foi demonstrada, por perícia médica, em razão de possíveis distúrbios mentais sofridos por Paulão, quando cometeu atos ilícitos em março de 2013, já na prisão. Quando a justiça entende que alguém é inimputável, ela verifica a ilicitude do fato, mas compreende que a pessoa não tinha condição de perceber isso no nomento dos fatos.

O advogado deixou claro que, para a morte do Eufrásio, a defesa não usará a tese da inimputabilidade: "É um processo complexo e trabalhoso. Envolvem muitos aspectos técnicos. Só por ter sido um crime entre dois militares, gera muita discussão. O grande problema que existe neste processo, inclusive é alvo de discussão, é sobre a efetividade do disparo da arma de fogo que o Adriano teria desferido contra a vítima".

Na época dos fatos, o médico, Dairson de Castro, afirmou que as duas balas que atingiram o corpo do tenente eram mortais. O advogado de Paulão afirmou: "Se for levar para um contexto separadamente, não seria dessa maneira. É uma situação muito complexa. Há uma decisão, explicando de certa forma, que essa discussão ficaria a cabo do perito. Somente o perito poderá falar sobre este assunto. A verdade chegará com o laudo conclusivo da perícia. Não compete ao advogado, ou qualquer outra parte do processo, senão o perito, para dizer quem deu causa a morte. Somente ele poderá a dizer. Eu não tenho qualquer elemento que possa concluir nesse sentido. Existem muitas dúvidas por parte da defesa".

Reviravolta - Dentre os questionamentos que podem causar reviravolta no caso, segundo o advogado, são: "Quais das armas matou? Foi o Adriano que levou o tenente à óbito? Qual seria a motivação do crime?"

Pedro disse ainda que a defesa não entende que a dívida existente entre autor e réu fosse o único motivo da discussão. "Carecemos de outros esclarecimentos. As testemunhas, que são Policiais Militares, primeiro não contribuíram muito. Mas, depois, com o passar do tempo, eles ficaram mais a vontade para dizer sobre o fato. Vamos abordar essas informações e levar à discussão".

O advogado não adiantou qual seria o outro motivo da discussão entre as partes.

Para ouvir a entrevista completa, clique aqui, e escute o programa Rotativa no Ar do dia 04/09/2013.

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