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PT não desiste e articula aliança com PR no interior
O PT está articulando aliança com o PR no interior do Estado, mesmo sabendo que o partido hoje praticamente já definiu seu apoio ao governador André Puccinelli em 2010.
A informação é do ex-vereador Marcus Garcia, candidato de consenso à presidência regional do PT.
Estamos articulando nas bases, temos muita conversa com gente do PR no interior, principalmente vereadores, disse, em visita ao Campo Grande News.
Recentemente, o PR filiou em seus quadros o secretário de Obras Públicas e Transportes, Edson Giroto. O ato foi visto como uma manobra do governador André Puccinelli (PMDB) para segurar o PR em seu arco de alianças durante as eleições de 2010.
O perigoso é o seguinte: de repente eles podem ter o rótulo, mas será que vão ter o conteúdo?, questionou Marcus.
Em sua opinião, o presidente regional do PR, Londres Machado, é um político experiente e deve percorrer o interior para ouvir as bases antes de tomar qualquer decisão em relação ao pleito do ano que vem.
Ele deve descer para o interior. Porque se o partido toma uma decisão sem ouvir as bases, corre o perigo de ser um apoio incompleto, de não vir todo mundo, opinou.
Marcus informou que esteve recentemente visitando sete municípios da região Sul-Fronteira e que confirmou a simpatia do PR à candidatura de Zeca do PT em alguns municípios do interior.
Até pela história que já tiveram com o Zeca, de já ter feito parte da administração dele, comentou.
De acordo com o candidato a presidente do PT, o partido deve ciscar para dentro em 2010, ou seja, vai buscar todo tipo de apoio, mesmo que informalmente.
Todo apoio é bem-vindo, vamos ciscar para dentro, puxar todo mundo, disse.
Entretanto, tirar o PR e também o PDT da base de apoio a Puccinelli não será tarefa fácil para os petistas, avalia.
O governador trabalha há tempos nos bastidores para contemplar o partido e assegurar o apoio para 2010.
Dinheiro O PT, segundo Marcus Garcia, ainda não iniciou efetivamente as discussões sobre captação de verbas para a campanha de 2010.
Porém, já sabe que o plano inicial é buscar apoio financeiro junto à classe produtora e empresarial. Na visão do partido, este setor está descontente com o atual governo e pode dar suporte financeiro a Zeca no ano que vem.