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PIB registra queda de 1,6 %
Rio - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,6% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB apresentou queda de 1,4%.
Na comparação com os primeiros três meses do ano, todos os setores produtivos registraram retração em suas atividades. A indústria caiu 3,7%, a agropecuária 1,2% e os serviços recuaram 0,3%. Entre os componentes da demanda do PIB, a maior queda foi na formação bruta de capital fixo, o indicativo dos investimentos feitos no país caiu 6,4%. O consumo das famílias recuou 4%, enquanto as importações caíram 3,4%. Já o consumo do governo cresceu 0,3% e as exportações de bens e serviços subiram 2,9%.
De acordo com o IBGE, o consumo das famílias, que tem peso de quase 60% no cálculo do PIB, vem apresentando queda desde o terceiro trimestre de 2001. Na comparação com o segundo trimestre de 2002, a queda foi de 7,1%, a maior de toda a série histórica trimestral.
No primeiro semestre de 2003 o crescimento foi de 0,3% em relação ao mesmo período de 2002.
O setor agropecuário contribuiu com crescimento de 5,7% e o de serviços com 0,4% para a taxa positiva de 0,3% de crescimento do PIB. A indústria teve queda de 0,5% no período, puxada pelo recuo de 6,5% da construção civil.
Também nos primeiros seis meses de 2003, o consumo das famílias continuou em declínio, registrando queda de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2002. Em contrapartida, o consumo do governo cresceu 0,3% na mesma comparação. As exportações de bens e serviços subiram 25,3%, enquanto as importações caíram 5,3%.
O Ministério do Planejamento divulgou nota explicando que o aumento do PIB no semestre foi possível graças à firmeza na condução da política macroeconômica, permitindo reversão gradual das políticas contracionistas desde junho último. Além disso sugere que haverá recuperação do nível da atividade a partir do terceiro trimestre do ano, com a aceleração da produção industrial e das vendas do comércio.