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O corpo de Risoleta Neves vai ser sepultado hoje

Gustavo Bernardes/Agência Brasil - 22 de setembro de 2003 - 08:50

A viúva do ex-presidente Tancredo Neves, dona Risoleta Neves, 86 anos, morreu ontem por volta das 8h20, no Rio de Janeiro, de diverticulite, mesma doença que matou Tancredo em abril de 1985. Por causa da enfermidade, a ex-primeira dama estava internada, há cerca de dois meses, no hospital Copa D´Or, em Copacabana, zona sul da capital. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, dona Risoleta chegou a passar por duas cirurgias antes de ser encaminhada ao Centro de Tratamento Intensivo do Copa D´Or, onde morreu de falência múltipla dos órgãos. O corpo da matriarca da família Neves – avó do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB-MG) - está sendo veladoem São João Del Rey, cidade mineira onde morava. O corpo deve será sepultado hoje no mesmo cemitério onde foi enterrado ex-presidente.

A doença que matou dona Risoleta foi a mesma que impediu Tancredo Neves de tomar posse, em 15 de março de 1985, como o primeiro presidente civil do Brasil, após 20 anos de governos militares. Na véspera da posse, o ex-presidente escolhido por meio de eleição indireta foi internado no Hospital de Base de Brasília com fortes dores abdominais. O vice-presidente de Tancredo, José Sarney, assumiu o cargo de presidente interino durante o período de internação. Apesar dos esforços dos médicos e de sete cirurgias, Tancredo não resistiu e morreu em 21 de abril de 1985, aos 75 anos, de infecção generalizada. A população brasileira, comovida, foi às ruas depois de frustrada a esperança de ter Tancredo como presidente. Em 22 de abril de 1985, Sarney foi oficializado como presidente do Brasil, governando o país até 1990.

A diverticulite, doença também conhecida como diverticulose, é causada pela inflamação dos divertículos - pequenas aberturas no intestino grosso em forma de bolsa ou saco que podem acumular material fecal na parede do cólon. A maioria das pessoas que sofre da inflamação não apresenta sintomas. Em alguns casos, os sinais da doença podem ser percebidos por pequenos sangramentos nas fezes. Por isso, os médicos recomendam consultas regulares, principalmente às pessoas com mais de 60 anos, faixa etária em que a diverticulite manifesta-se com maior freqüência. Alguns especialistas acreditam que dores abdominais, geralmente no lado inferior esquerdo do abdômen, diarréias, cólicas, alterações no hábito intestinal e febre também podem compor os sinais do aparecimento da doença.

Nos casos em que a doença apresenta-se em nível mais avançado, os sintomas podem ser perfuração no intestino, excesso de pus no órgão ou formação de lesões. Como os sintomas são parecidos com os de doenças como úlceras, apendicites, cólicas e inflamações diversas, os médicos recomendam a busca de um especialista quando as dores abdominais estiverem acompanhadas de febre e cólicas insistentes por várias horas. Para evitar o aparecimento da diverticulose, os médicos recomendam dieta balanceada com fibras, frutas, verduras e grãos. Exercícios físicos regulares também ajudam a diminuir a incidência da doença.

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