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Ministro fala sobre inspeção internacional

Nádia Faggiani/ABr - 07 de abril de 2004 - 08:39

O Brasil pode negociar, mas vai decidir "soberanamente" os termos de um possível acordo adicional de fiscalização internacional das instalações brasileiras de enriquecimento de urânio, afirmou ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Essa questão de aceitar o protocolo adicional não tem prazo para assinar, mas deve ser analisada com calma e friamente, com relação ao conjunto de países, com relação a nossa tecnologia para, soberanamente, decidirmos no momento adequado".

O ministro fez as declarações em audiência pública na Câmara dos Deputados. Amorim se referiu a um possível acordo adicional de inspeção dos fiscais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para a planta da Indústria Nuclear Brasileira, em Resende (RJ).

Segundo ele, não houve ainda "gestões diretas" do governo americano para a assinatura desse acordo, que ampliaria os limites de acesso dos inspetores aos equipamentos de enriquecimento de urânio para combustível nuclear das usinas elétricas de Angra I e II. "Mas, não excluo que venhamos a receber, porque, em várias reuniões internacionais, foi dito por representantes americanos que era desejável que todos os países da região assinassem", ressalvou. "Prefiro não especular e aguardar o que efetivamente vai ocorrer".

O assunto vem sendo discutido na mídia internacional depois de uma reportagem da edição de domingo do jornal "Washington Post". Amorim foi à Câmara por solicitação da Comissão de Relações Exteriores e da Comissão Especial da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

"O importante nesse aspecto presente na nota divulgada ontem pelo Itamaraty é que não vamos nos deixar levar por pressões externas e que são por sua natureza sem fundamento”, completou o ministro.

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