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Mandioca é a cultura de alto rendimento em MS

01 de julho de 2003 - 07:12

Campo Grande (MS) – Uma cultura tradicional está sendo reanimada por uma realidade nova de alta rentabilidade e de mercado certo. Este um extrato do panorama da cadeia produtiva da mandioca hoje em Mato Grosso do Sul, de acordo com o pesquisador Auro Otsubo, da Embrapa Agropecuária Oeste.
Coordenador do projeto do Núcleo Tecnológico da Mandioca, Otsubo apresentou um panorama da cadeia produtiva da raiz hoje pela manhã, na reunião que discutiu as cadeias produtivas no auditório do Idaterra. De acordo com o pesquisador, hoje o preço de uma tonelada está flutuando na casa dos R$ 160 – o que acaba por tornar a mandioca uma cultura extremamente interessante pois o custo de produção em média é de R$ 59.
Aliado a bons preços no mercado, o quadro favorável descrito por Otsubo ainda é composto pela expansão do mercado. “Mais da metade (51%) das fecularias em operação hoje no Estado foram instaladas nos anos 90; em 2000 e 2001 foram instaladas 9% das fecularias – o que mostra que é um mercado que segue em expansão”, afirmou.Um outro aspecto apontado pelo pesquisador é o fato da produção de mandioca ser uma atividade eminentemente dominada pela pequena propriedade. 83% da produção estadual está em propriedades com até 65 hectares. Segundo Otsubo, a mandioca tem se mostrado uma alternativa viável para assentamentos rurais.
O desafio da mecanização - O núcleo tecnológico da mandioca tem como objetivo encontrar soluções tecnológicas para o melhoramento genético das plantas e para o cultivo.
Um dos grandes desafios é conseguir melhorar a produtividade e a rentabilidade das lavouras através de mecanização de parte do processo produtivo.Já há máquinas novas – algumas delas desenvolvidas pelos próprios produtores – voltadas para esta finalidade. Um exemplo é o “afofador”, um maquinário simples, que tem como função tornar mais macio o solo para facilitar a colheita.
“O que nós notamos na região sul do Estado é que as propriedades que não contam com o afofador têm dificuldade de encontrar trabalhadores para a colheita – o que desmonta a tese de que a mecanização só terá como efeito o desemprego no caso da mandioca”, concluiu.(Graciliano Rocha)

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