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Incubadoras de empresas da UEMS são oportunidades para empreendedores

Notícias MS - 13 de dezembro de 2014 - 11:15

Incubadora é um aparelho que permite criar os recém-nascidos prematuros, segundo o dicionário Aurélio. É esta também a função das incubadoras de empresas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS): Fênix e Elos. Elas ajudam as empresas, cooperativas ou associações recém-criadas a sobreviver no mercado durante os primeiros anos, que são os mais críticos.

Planejada em 2000, a Fênix é um laboratório de grandes empreendimentos, um local apropriado para o desenvolvimento de novas ideias, onde o empreendedor/pesquisador dispõe de todas as facilidades de apoio logístico e administrativo. Tem como missão gerar e disseminar o empreendedorismo, viabilizando projetos inovadores voltados para as vocações regionais e incentivando a transformação de ideias e conhecimentos em produtos e serviços que valorizem o ser humano.

As empresas passam por três estágios: pré-incubação, incubada e graduada. A graduação é uma empresa que está na etapa final do processo de incubação, garantindo que esteja pronta para sobreviver no mercado de trabalho de forma competitiva e qualificada. Dois exemplos de empresas graduadas pela Fênix são a Exclaim Tecnologia e a Dourasoft, ambas sediadas em Dourados.

A Exclaim Tecnologia, fundada na cidade Dourados/MS em 2002, constituiu-se com o objetivo de prestar serviços de consultoria, desenvolvimento e implementação de projetos na área de TI (tecnologia da informação), no ambiente corporativo seja ele de pequeno, médio ou grande porte. Em abril de 2007 a Exclaim Tecnologia foi a primeira empresa graduada na Fênix, também a primeira graduada em MS na rede de incubadoras.

De acordo com o proprietário, Adilson Barison, a Fênix ajudou muito a empresa nas partes burocráticas, conhecimento de visão de mercado, cursos em parceria com o Sebrae, além de fornecer espaço físico para o negócio, computador e internet. “A incubadora é como uma mãe, ela protege a empresa durante o período em que está mais vulnerável. Se não tivéssemos sido incubados, provavelmente a empresa não existiria. Começamos em quatro pessoas e hoje tenho mais de dez funcionários, atendemos clientes no Brasil e em outros países. Ganhamos o prêmio por inovação no Reino Unido, em maio deste ano, com um aplicativo para encontrar profissionais de todas as áreas. Também ganhamos o primeiro lugar em uma competição de tecnologia em São Paulo“, disse Barison.

A DouraSoft foi criada formalmente em 2009, com a ajuda da incubadora Fênix, e começou com foco na criação de software para gestão de lotéricas (Agil - Automação da Gestão Inteligente Lotéricas), segmento financeiro em que as informações precisam ser processadas de maneira rápida, eficaz, eficiente e segura.

“Também trabalhamos com desenvolvimento de sites, aplicativos online, mobile e aplicativos falados para casas lotéricas, além de termos parceria com a Microsoft, Sebrae, Caixa, empresa de transporte de valores. Temos clientes em 26 Estados, dez pessoas na equipe e perspectiva de crescimento de 40% para o próximo ano. Isto tudo foi possível graças à Fênix que deu o ‘gás’ que a empresa precisava para crescer, pois deu cursos de capacitação que me ajudaram a embasar as decisões e ter o aprendizado necessário para gerir empresa”, disse o proprietário da DouraSoft, Neimar Mariano.

O Programa Elos

ITCP (Incubadora de Tecnologia Social para Cooperativas Populares), ligada à Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proec) da UEMS, iniciou suas atividades em novembro de 2005 no âmbito do Programa Nacional de Incubadoras do governo federal (Proninc), que conta com fomento de ministérios e Financiador de Estudos e Projetos (Finep - MCTI) entre outros, que viabiliza a execução de projetos das Incubadoras nas Universidades. A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes -MTE) e entidades de apoio organizam-se em forma de Comitê Gestor no Proninc, dentre eles representantes das redes (Rede Unitrabalho e Rede ITCPs).

O objetivo do programa Elos é agregar profissionais das unidades da UEMS que queiram desenvolver, prospectar e desfrutar das ações em suas áreas de conhecimento. Nesse sentido, transfere conhecimentos específicos e torna-se acessível às pessoas por meio de assessoria/consultoria, prestação de serviços, palestras, seminários, encontros e conferências, no âmbito local e regional.

Nessa perspectiva o programa busca desenvolver ações de emancipação sócioeconômica da comunidade envolvida, e que se autossustentem com alternativas que propiciem a geração de trabalho e renda, principalmente àquelas que se encontram em vulnerabilidade econômica. Desta forma, se apoia nas iniciativas dentro dos marcos das experiências com princípios de economia solidária, proporcionados pelos mecanismos do associativismo e cooperativismo.

Um dos casos que deram certo é o do grupo de 22 agricultores familiares do Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, que produzem maracujá orgânico desde 2012. Segundo Vitor Carlos Neves, agricultor familiar e tecnólogo em agroecologia, formado pela UEMS em Glória de Dourados, a cooperação da Elos foi muito importante. “A incubadora ajudou a fazer contatos, escrever o projeto, cedeu espaço, além de capacitações na área de comercialização e gestão. Com isso, na safra deste ano colheremos 7 mil caixas de maracajá orgânico”, disse.

Oportunidade

A Incubadora Fênix está com edital aberto para selecionar empreendimentos inovadores. Mais informações no site: www.uems.br ou pelo telefone 3902-2421 .

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