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Homenagem póstuma: Lembrando do amigo Bisar Barbosa de Assis

Manoel Afonso homenageia o seu amigo Bisar

Manoel Afonso - 23 de maio de 2021 - 19:11

Homenagem póstuma: Lembrando do amigo Bisar Barbosa de Assis

Manoel Afonso é comentarista político da TV Record e residiu em Cassilândia

Lembrando do amigo Bisar Barbosa de Assis

“Eu não estou longe, apenas estou do outro 

  lado do caminho.” ( Santo Agostinho) 

Incrível. Procurei sem sucesso  o significado do nome próprio Bisar. Mas pouco importa! Isso nos deu a liberdade de escolher sinônimos, avalizados por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e com ele conviver.

Pois bem, no meu dicionário particular ‘Bisar’ significa bom, leal, honesto, puro, discreto, moderado, modesto, desapegado, calmo, competente e ético. Portanto, a mãe Laurita e o pai Joaquim, acertaram na escolha do nome pouco usual na região porque além das nossas referências, Bisar foi um filho apegado e pai estimoso, marido exemplar e profissional referência.

Para esse registrar esse triste fato fui buscar nos meus registros de memória algumas passagens de convivência com o amigo que nos deixou.  Lembro bem dele de cabeça raspada como calouro de Odontologia. Quanta alegria na família! Formado, o consultório vizinho do nosso escritório. Quantos sonhos e planos enquanto nos atendia. Seu casamento, a primeira filha. Recordo: quando ela mudava a dentição – para não vê-la  banguela - providenciou-lhe uma ‘perereca’. Aliás, ela exibia o sorriso toda faceira sob o olhar cúmplice e orgulhoso do pai.

Impossível  também esquecer os bons anos de convivência com ele no Rotary Club. Goleiro do nosso time supria a falta de estatura com a boa colocação. Ñão  lembro de nenhum ‘frango’ em nossas partidas contra os clubes da região. Ainda tenho uma foto dele no time que jogou em Paranaíba.

 Mas aqui ainda vale registrar  o vínculo dele  com as lides rurais. Ali na esquina do antigo ‘Bar JR’ ele comentava conosco as reportagens do ‘Globo Rural’. Apaixonado por galinhas tratou de levar exemplares delas ( de raça) para seu sítio que comprara ‘em cima da serra’. Falava empolgado delas. Todos os finais de semana ia curtir a propriedade com a família. Uma festa, um refresco para compensar o dia a dia da profissão. Esse era o nosso Bisar, pai de três mulheres ( Thirze, Joice e Iara) que reconhecem a sua figura maiúscula  e recebem um legado de vida espetacular.

Pois é, nos últimos sete anos não estive mais com o Bizar devido a doença que o afastou da sociedade. Mas através do Girotto sempre tinha notícias dele sob os cuidados da Gessi, essa grande mulher. Só mesmo a morte – ensinando que o tempo se esgota, foi capaz de tirá-lo de sua Cassilândia que ele tanto amava.

Aqui de Campo Grande, chorando por dentro, não poderia deixar de  registrar minha tristeza pela partida do amigo Bisar, pedindo a Deus que o acolha e também dê forças para toda sua família.  Cassilândia chora também pela morte dele.

Ao final uma frase de Sêneca: ‘O homem consegue proteger tudo, menos o tempo, que é a única coisa que ele tem de fato”.

                                   Manoel Afonso

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