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Genro não acredita em corrida para as escolas públicas
- O ministro da Educação, Tarso Genro, não teme que haja uma corrida por parte dos alunos da classe média em busca de vagas na rede pública de ensino médio, a partir do anúncio de que 50% das vagas nas universidades públicas serão reservadas aos estudantes vindos dessas escolas. Essa pressão já existe. O que estamos fazendo é regular essa pressão, justificou.
De acordo com o ministro, a maioria dos alunos que disputa uma vaga nas universidades, seja pública ou particular, vem das escolas da rede pública de ensino, e por isso acredita que não ocorrerá inchamento do sistema. Hoje 80% dos candidatos cursam o ensino médio nas redes do Estado.
Além da cota para alunos da rede pública, o projeto que institui o Sistema de Cotas nas Universidades Públicas que será encaminhado ao Congresso, também irá respeitar a proporção de alunos negros e índios, utilizando como critério de acesso às vagas o percentual coletado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em cada estado. Ao mesmo tempo em que não gera privilégios de ingresso para o indivíduo, gera afirmação da comunidade, na proporção que essa comunidade foi aferida pelo IBGE na região, explicou o ministro.
Para selecionar os estudantes, as universidades vão utilizar o mesmo processo de seleção respeitando as notas exigidas para o acesso dos candidatos. Ele vai exigir a nota mínima necessária para ingressar na universidade como o vestibular, que é classificação, explicou Tarso.
O projeto de lei que institui o Sistema de Cotas nas Universidades Públicas foi apresentado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Social (CDES), juntamente com o projeto de lei do Programa Universidade Para Todos, que prevê a reserva de vagas para alunos carentes nas instituições particulares.