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Dinheiro na cueca de petista seria usado no PED, diz MPF
O Ministério Público Federal do Ceará informou ter indícios de que o dinheiro encontrado com José Adalberto Vieira da Silva, ex-dirigente do PT no Ceará, tinha como finalidade o PED (Processo de Eleições Diretas) para a escolha da nova executiva estadual do partido, em setembro.
Temos muitos dados que convencem que a origem do dinheiro foi o contrato do Banco do Nordeste com a empresa STN. Esse dinheiro poderia ter como finalidade desde o enriquecimento pessoal, portanto corrupção, a esse processo eleitoral (PED), disse o procurador Márcio Torres.
Essa mesma hipótese também começou a ser investigada pelo Ministério Público Eleitoral, a quem cabe fiscalizar as contas dos partidos políticos. Na perspectiva do Ministério Público não importa a origem do dinheiro e sim a finalidade, disse o procurador eleitoral Oscar Costa Filho.
Já está em andamento uma auditoria nas contas do PT estadual e municipal desde 2002. Os indícios de fins eleitorais acabaram ganhando força ontem no depoimento de quase quatro horas do advogado Kennedy Moura Ramos, ex-assessor especial da presidência do Banco do Nordeste. Segundo Kennedy, José Adalberto, o deputado José Guimarães e Sônia Braga, presidente estadual do PT, eram as pessoas que estavam à frente da organização do PED.
O ex-presidente do PT José Genoino confirmou ontem que se reuniu na manhã do dia 10, dois dias depois da prisão de Adalberto, com seu irmão, o deputado estadual do Ceará, José Nobre Guimarães, na Avenida Jamaris, em Moema, no flat de Danilo Camargo, presidente da Comissão de Ética do PT. As informações são do Globo Online.