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Desemprego chega a 13% em agosto
O desemprego no país atingiu, em agosto, 13% da população economicamente ativa, com idade a partir de 10 anos. A taxa, levemente acima dos 12,8% registrados em julho, igualou-se à de junho e voltou ao recorde da nova série histórica, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro de 2001. Em agosto do ano passado, o desemprego atingiu 11,7% da população economicamente ativa.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada hoje pelo IBGE, o número de pessoas procurando trabalho em agosto aumentou 3,2% em relação a julho, e 16,8%, na comparação com agosto de 2002. A população economicamente ativa somou 21,248 milhões em agosto, um crescimento de 1,1% em relação a julho. Na comparação com agosto de 2002, a expansão foi de 5,1%.
O contingente de pessoas ocupadas aumentou 0,8% em relação ao mês anterior, atingindo 18,48 milhões de pessoas, e 3,5% ante igual período de 2002. Para o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, isso mostra que o mercado de trabalho não absorveu o número de pessoas que procuraram emprego durante este ano. "Os trabalhadores ingressaram no mercado através do segmento informal, trabalhando sem carteira de trabalho assinada ou por conta própria, trazendo, como conseqüência, uma queda na renda, explicou o técnico.
De acordo com a pesquisa, o número de empregados sem carteira assinada aumentou 3,2% de julho para agosto e 7,4%, se comparado a agosto de 2002. Segundo Cimar Azeredo, a alta taxa de desemprego ainda é reflexo da desaceleração econômica vivida pelo país nos últimos meses. No entanto, conforme adiantou, a expectativa é de que haja uma melhora no cenário do emprego nos próximos meses, em função do aquecimento da economia por conta do Natal.
O rendimento médio real habitualmente recebido pelo trabalhador em agosto foi de R$ 847,90, aumentando 1,5% em relação a julho. Na comparação com agosto do ano passado, o rendimento caiu 13,8%, na média das seis regiões metropolitanas pesquisadas. Em Recife, a queda foi de 19,2%; em Salvador, de 5,4%; em Belo Horizonte, de 12,5%; no Rio de Janeiro, de 18,1%; em São Paulo, de 12,2% e em Porto Alegre, 8,5%
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