Geral
Delegado vê motim em Naviraí como ação isolada de presos
O delegado da Polícia Civil de Naviraí, Natanael Martins, descartou que a rebelião na Cadeia Pública do município tenha alguma relação com os quatro motins registrados em estabelecimentos penais da Capital, Corumbá, Dourados e Três Lagoas; ou mesmo com a transferência de detentos da Penitenciária Harry Amorim Costa para o presídio recém-concluído em Naviraí. De acordo com o delegado, os 84 detentos (53 condenados) apresentaram duas reivindicações: a de permanecerem no solário área do banho de sol até o anoitecer e a ampliação do horário de visitas aos domingos.
A rebelião teve início após revista nas celas. Agentes da Polícia Civil que realizam a segurança no local encontraram objetos que poderiam ser usados para serrar as grades. Após o pente fino, os detentos se recusaram a deixar o pátio. Eles forçaram a grade que separa as celas do restante do complexo, sendo que a mesma ameaça cair. Não há informações sobre feridos ou confronto com policiais.
A razão que leva o delegado a crer que não há relação entre a rebelião e os motins no restante do Estado é justamente a apresentação de reivindicações, ao contrário do que ocorreu no fim de semana. O problema na Cadeia Pública é voltado principalmente para a superlotação: os 84 detentos estão divididos em quatro celas, sendo que o complexo pode comportar, no máximo, 25 presos.