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Copom prevê pequeno aumento da inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) prevê um "pequeno" aumento da inflação nos próximos meses, em função do impacto da entressafra e dos reajustes previstos para os preços administrados. No médio prazo, o Comitê estima que a inflação deverá retornar aos níveis mais moderados observados recentemente.
A avaliação consta da ata divulgada, hoje, pelo Banco Central, relativa a reunião ocorrida na semana passada, quando a taxa Selic foi reduzida de 22% para 20%, ao ano, sem viés - significa que nova decisão sobre a taxa básica de juros somente será tomada em 22 de outubro, quando haverá nova reunião mensal do Copom.
Para os preços administrados por contratos ou monitorados (entre os quais energia, telefonia e transportes), com peso de 28,6% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de agosto, o Copom mantém a projeção de inflação de 14%, em 2003. Para 2004, a estimativa caiu de 8,7% para 8,3%.
Em relação às tarifas de energia elétrica residencial, a previsão de reajuste para este ano reduziu-se de 22,3% para 20,8%. Já as projeções de aumentos das tarifas de telefonia fixa, este ano, elevaram-se 0,2 ponto percentual, atingindo 25,7%. A majoração prevista nos preços dos combustíveis, para o ano, caiu de 4,9% para 2,2%. Ontem (24) os preços dos combustíveis sofreram elevação no mercado internacional.
De acordo com o Comitê, a partir das hipóteses do cenário básico, que incluem a manutenção da taxa de juros em 22%, ao ano, e da taxa de câmbio em patamar próximo ao que prevalecia na véspera da reunião do Copom (R$ 2,90), as projeções de inflação estão acima da meta ajustada de 8,5%, para este ano, e abaixo da meta de 5,5%, para 2004.
Sobre a política fiscal, o Comitê estima que será cumprida a meta de superávit primário (não inclui despesas com juros) de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), neste ano, e nos próximos dois anos.