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Cassilândia: PCHs trazem desempregados e aumenta o problema social

João Girotto - 03 de fevereiro de 2011 - 07:25

Quando se anuncia a construção de PCH em uma cidade, a primeira coisa que se fala é no número de empregos que vai se disponibilizar. O que se esquece é a análise do problema social.

Cassilândia sofre este problema. Quando se falou em construção de PCHs, os discursos foram inflamados. Agora, porém, surge uma outra realidade. Desempregados de diversas partes do país chegam à cidade tentando uma vaga. E nem sempre aparece.

Durante esta semana o departamento de jornalismo da Rádio Patriarca flagrou mais de 100 pessoas em frente ao escritório da empresa responsável pela construção. Conversou com alguns. São brasileiros do Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e outros estados a procura de uma vaga. Um deles disse que chegou em outubro e o dinheiro está acabando. O outro, casado e pai de 2 filhos, arrumou dinheiro emprestado a cinco por cento, ao mês, e também aguarda. Alguns confessaram que ficam na rua. Outros que conseguem hospedagem em casas de amigos que já estão por aqui. Um se mostrava preocupado porque o dinheiro estava acabando e teria que devolver o quarto alugado.

Em caso de problema de saúde utilizam o sistema municipal. Um secretário que já deixou o cargo contou certa vez que aumenta os custos no setor. Um outro servidor disse que as creches também tiveram aumento na procura.

A arrecadação da Prefeitura em ISSQN não tem demonstrado vantagem ao município. Pelo menos isto ficou constatado em entrevista feita com a secretária de Finanças, no final do ano passado.

Terminada a construção, segundo os experts, o ICMS produzido pela PCH é dividido entre todos os municípios do Estado, dentro da proporção que cada um recebe.

Afinal, a pergunta que se faz é a seguinte: um municipio que recebe uma PCH, que vai colocar mais energia rede nacional não teria que ter uma compensação melhor? Em tempo: ainda perde impostos devido a inundação do solo. Com a palavra quem pode resolver o assunto.

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