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Votação do processo de João P.Cunha é adiada.

Ãgência Brasil/Priscilla Mazenotti - 07 de março de 2006 - 20:11

A deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) pediu vista do processo que recomenda a perda de mandato do ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP). O relatório de Cézar Schirmer (PMDB-RS) foi apresentado hoje (7) ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. No documento, Schirmer afirma que a acusação contra João Paulo Cunha é incontestável e recomenda a cassação do mandato do parlamentar petista.

Em defesa do deputado, a única representante do PT no Conselho de Ética, Ângela Guadagnin (SP), afirmou que "não é crime solicitar recursos do partido e utilizar esses recursos para interesse do partido". João Paulo afirma que o dinheiro sacado foi usado para pagamento de pesquisas de opinião em Osasco, região metropolitana de São Paulo. "Não houve ilicitude na destinação dos recursos", afirmou Ângela.

Não é o que pensa o relator do processo. Na relação de omissões e ilicitudes atribuídas à João Paulo, Cézar Schirmer afirma que houve contato intenso entre Marcos Valério de Souza e o ex-presidente da Câmara, inclusive com a realização de reuniões de interesse privado.

Além disso, Schirmer entende que a origem e o destino dos R$ 50 mil eram espúrios. "Ao receber um dinheiro de uma das empresas de Marcos Valério posteriormente contratado pela Câmara dos Deputados, o representado não objetivou nenhum interesse público. Percebeu, sim, em proveito próprio, vantagem indevida no exercício de atividade parlamentar", diz no documento.

O deputado João Paulo Cunha havia pedido que seu caso fosse julgado rapidamente. Por isso, solicitou aos deputados que não pedissem vista do processo. Após a apresentação do voto do relator, no entanto, o deputado afirmou que os deputados não eram obrigados a não pedir vista e a deputada Ângela Guadagnin o fez.

"Eu estava muito indignada, muito magoada de não pedir vista. A idéia é pegar o relatório, todos os outros documentos que foram incorporados ao processo de instrução e fazer o voto em separado com mais substância do que a gente ficou de fazer realmente aqui. Quando ele falou "eu não obrigo niguém a pedir vistas", foi nesse momento que eu decidi pedir", disse a deputada.

Ela afirmou que o pedido de vista foi motivado por "fatos novos" trazidos pelo relator, mas não quis adiantar quais eram esses fatos. "Na quinta-feira eu apresento meu voto em separado", disse.




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