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Geral

Técnica de enfermagem nega ter matado companheiro

TJ/GO - 08 de novembro de 2007 - 06:45

Interrogada ontem (7) pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, a técnica de enfermagem Ednalva Cândida dos Santos negou ter assassinado o companheiro dela, Michel Fernandes de Sousa, de 19 anos, com a ajuda do seu então ex-marido, Ivo Machado Corrêa, também acusado do crime. Michel foi assassinado em meados de março de 2004 e seu corpo encontrado mutilado e carbonizado, por volta das 21 horas, no Setor Residencial Três Marias.

Entretanto, em razão de seu avançado estado de decomposição, não foi possível identificar imediatamente de que forma nem em que local o crime ocorreu. A identificação só foi realizada em 2005, por meio de exame de DNA feito com materiais colhidos no porta-malas do veículo de Ednalva, fato que foi usado pelo MP para comprovar a atuação dela no crime. Ainda segundo a promotoria, Ivo teria concordado em ajudar a técnica de enfermagem a matar Michel em troca de reatar com ela.

Ednalva disse ao juiz que gostava de Michel mas não chegou a amá-lo. Admitindo que tinha um ciúme “normal” do rapaz, garantiu que ele não havia ameaçado romper o relacionamento com ela. Afirmando não saber o motivo pelo qual foi acusada do homicídio, disse que nunca suspeitou que Ivo o tivesse cometido. Ednalva confirmou ter voltado para o ex-marido, com quem tem dois filhos, após o fato. Ressalvou, contudo, que Ivo sempre soube de sua relação com Michel e não se importava com isso.

Quando foi interrogado, em 29 de maio deste ano, Ivo também negou qualquer participação no crime dizendo que, na época, trabalhava e morava em Campinas, setor distante de onde o corpo da vítima foi encontrado. Contando que recebeu a notícia da morte de Michel pela leitura de jornais, o vendedor garantiu que não tinha nada contra o rapaz e que ficou separado de Ednalva por aproximadamente dois anos.

Caso

De acordo com a denúncia do MP, a técnica de enfermagem havia sido casada com Ivo e já estava separada dele, em junho de 2003, quando começou a namorar Michel. Apaixonada, e com o dobro da idade dele (ela estava com 38 anos na época), nutria por Michel um amor possessivo, que ocasionava freqüentes brigas entre ambos. Segundo a promotoria, eles passaram a morar juntos na residência dela poucos meses depois do início do namoro e, para tentar salvar a relação dos desgates provocado pelas discussões, a técnica de enfermagem chegou a presentear Michel com uma motocicleta. Entretanto, o ciúme excessivo da companheira levou a vítima a desistir da vida em comum.

Ao ser informada por Michel sobre sua intenção de sair de casa, Ednalva não se conteve. De acordo com a denúncia, ela procurou o ex-marido a quem relatou a situação e pôde contar com sua ajuda para matar o rapaz, comprometendo-se assim a reatar o casamento.O MP quer que os dois sejam condenados por homicídio com uma qualificadora (motivo torpe) e também por ocultação de cadáver. (Patrícia Papini)

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