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Tabagistas e alcoólatras precisam ser investigados

Agência Notisa - 22 de maio de 2009 - 08:07

Utilizar inspeção visual para detectar câncer oral em estágios iniciais parece ser um método com resultados eficazes, mas principalmente para grupos sob alto risco de ter a doença. Esta é, em síntese, a conclusão de uma pesquisa feita na Índia, cujos resultados estão publicados em artigo no último número do Bulletin of The World Health Organization. Além disso, segundo o estudo, também são satisfatórios os custos que envolvem tal procedimento.

De acordo com Sujha Subramanian e colegas do RTI International (EUA), da IARC de Lyon (França) e Regional Cancer Centre em Trivandrum (Índia), a “peneiragem” de casos de câncer foi feita entre 1996 e 2004, de 13 amostras da população do bairro de Trivandrum, em Kerala. Em 7 destas amostras escolhidas aleatoriamente, a equipe “procurou” câncer oral, utilizando inspeção visual; nas seis que sobraram – grupo controle – utilizaram métodos padronizados. Todos os gastos de dinheiro envolvidos foram contabilizados no valor do dólar nos Estados Unidos em 2004 e “o aumento de custo por ano de vida salvo foi calculado para todos os indivíduos e para aqueles de alto risco para câncer oral (usuários de álcool e tabaco)”, escrevem. Significa dizer que, além de testar se a inspeção visual era eficaz, os pesquisadores aferiram quanto gastaram de dinheiro para descobrir câncer nos pacientes em geral e, especificamente naqueles que tinham maiores probabilidades de ter a doença.

De acordo com os resultados, o método vale a pena principalmente para os mais ameaçados. “A proporção de câncer oral detectada em estágio inicial (I e II) foi maior no grupo que sofreu inspeção visual (42%) do que no controle (24%)”, dizem os autores. Além disso, o aumento de custo por vida salva foi de 835 dólares para todos os indivíduos e de 156 dólares para tabagistas e alcoólatras (sob alto risco de mostrar a doença). Subramanian e equipe sugerem que fazer este tipo de investigação preventiva no grupo de risco pode ser feito a custos razoáveis em lugares que têm poucos recursos financeiros.





Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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