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Geral

Soja e algodão com áreas menores

Famasul - 07 de novembro de 2005 - 15:27

A quebra nas duas últimas safras, a de verão do ano passado e a safrinha deste ano, e os fatores de mercado e de câmbio que influíram na atividade agrícola de forma aguda, mostram seus reflexos na nova safra de verão em Mato Grosso do Sul. Muitos hectares de terra ficarão descobertos, sem que seja cultivada qualquer cultura, reflexo da descapitalização dos produtores e até do desânimo que se abateu sobre o setor, especialmente pelas perspectivas nada animadoras do mercado agrícola para o próximo ano.

A área plantada de algodão em Mato Grosso do Sul vai ter redução superior a 40%, de acordo com o primeiro prognóstico oficial da Conab. A soja, que é o principal produto agrícola do Estado, terá área de 3% a 5% menor, o que parece pouco, mas representa aproximadamente 100 mil hectares que ficarão inaproveitados. A produção de soja, no entanto, em função da produtividade esperada (a da safra anterior foi muito baixa) deverá voltar aos patamares normais podendo chegar a 5 milhões 318 mil toneladas contra 3 milhões 696 na safra anterior, de alta frustração.

O único produto, dentre as principais culturas, que apresenta crescimento é o milho, variando entre 10 e 16,5%. No entanto, por ser uma área bem inferior à da soja, acaba representando a agregação de uma área pouco significativa (cerca de 15 mil hectares apenas) em relação ao que o Estado está perdendo com a cultura da soja e especialmente com o algodão na safra 2005/2006.

Também é importante frisar que além do problema da redução da área das principais culturas, a descapitalização do produtor também vai se refletir no rendimento de cada cultura por hectare plantado. Sem dinheiro, o produtor esta aplicando menos tecnologia, desde a semente que muitas vezes não é certificada, passando pela baixa utilização de herbicidas, fungicidas e inseticidas, além do mau preparo do solo, a expectativa apresentada na previsão feita pela Conab é de produtividades menores do que a média para praticamente todas as culturas, exceção feita talvez para a soja.

Algodão

No caso do algodão, segundo o prognóstico da Conab, ao invés dos 58,9 mil hectares plantados em 2004/2005, a expectativa é que o Estado plante entre 28,3 mil e 31,8 mil hectares de algodão. A produção deve cair de 68,9 mil toneladas para 39,9 mil toneladas ou, no máximo, 44,8 mil toneladas de pluma.

Soja

A área de soja que na safra passada foi de 2 milhões 030 hectares, deve cair para 1 milhão 929 mil hectares ou 1 milhão 969 mil hectares, uma variação para menos de 3% ou de até 5%. Há otimismo no caso da soja com o rendimento por hectare: a expectativa é que suba dos 1.820 quilos por hectare da última safra para 2.700 quilos por hectare que é a média histórica no Estado.

Milho

De 81,7 mil hectares plantados na última safra, a previsão é de que aumente para 89,9 mil hectares ou até 95,2 mil hectares. A produção pode subir dos 441,2 mil toneladas para até 521,7 mil toneladas.

Maurício Hugo

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