Brasília - O líder do DEM, senador José Agripino (RN), voltou a pedir o afastamento do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), em pronunciamento hoje (8) no plenário.

Ele se disse preocupado com a imagem do Senado: “Nos já pedimos, vários de seus colegas, que em nome da tranqüilidade da Casa não renunciasse, mas se licenciasse da presidência, para que as investigações ocorressem em clima de absoluta isenção, sem qualquer tipo de questionamento”.


Renan Calheiros rebateu afirmando que se Agripino estivesse no lugar dele, não suportaria duas semanas de acusações: "Se estivesse nessa situação, com os negócios que tem, com as concessões que tem, com financiamentos bancários que tem, talvez não agüentasse duas semanas de acusações como eu tenho agüentado”.

Irritado, Agripino disse que a diferença entre os dois é que o presidente do Senado leva a questão das denúncias como pessoal e que o líder do DEM a trata como uma questão institucional.

O senador Arthur Virgilio (PSDB-AM) também voltou a pedir ao presidente do Senado que deixe temporariamente o cargo, para fazer sua defesa. “Do ponto de vista do Senado, a presença de Vossa Excelência à frente da Mesa Diretora não se revela conveniente”, disse.

No fim da tarde, a Secretaria Geral da Mesa Diretora recebeu mais uma representação contra Renan, assinada pelo PSDB e pelo DEM, que pedem investigação por quebra de decoro parlamentar, com base em denúncias veiculadas na imprensa de que Renan Calheiros teria usado “laranjas” para comprar veículos de comunicação em Alagoas.