Os professores precisam ser criativos e competentes para contornar a falta de recursos, tanto nas aulas tradicionais quanto nas que utilizem informática, recomendou o Secretário de Ensino a Distância do Ministério da Educação, Marcos Dantas. Ele participou em São Paulo do 1º fórum NetEducação.

Apesar do tema da palestra ser a utilização da tecnologia na educação, a maior parte das perguntas da platéia, formada principalmente por professores, foi sobre a falta de recursos e os baixos salários. Estes dois pontos seriam empecilhos para a capacitação dos profissionais e a adequada utilização das novas tecnologias em sala de aula. Dantas observou que "nós temos que aprender a conviver com a pobreza do nosso país”.

O que o governo pretende é incentivar os cursos de graduação a distância. O MEC vai abrir licitações para que as universidades ofereçam cursos para as áreas de biologia, química, matemática, física e pedagogia. Todas as universidades poderão participar, mas o ministério vai dar preferência a consórcios de instituições. O programa conta hoje com R$ 15 milhões, e vai com o ensino superior como um todo, e não apenas com a educação continuada.

O secretário anunciou mudanças pedagógicas em todos os programas de educação a distância herdados da gestão anterior, mas não criticou seus antecessores. Para ele, são mudanças naturais, como, por exemplo, a instalação de antenas parabólicas para o funcionamento do programa TV Escola. Criado em 1996, o programa tem como principais alvos a capacitação e atualização de professores de ensino fundamental e médio.

Sobre o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo) o secretário disse que serão compradas, até o final do ano, 50 mil novas máquinas.

O evento é promovido pelo NetEducação, projeto de responsabilidade social da operadora de TVa cabo NET. O programa também disponibiliza TV a cabo para escolas públicas e espaço de duas horas semanais em seus canais para secretarias estaduais e municipais produzirem programas de educação continuada para seus professores.