Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 26 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

São Pedro Nolasco

Redação - 24 de setembro de 2019 - 09:00

Pedro Nolasco nasceu em 1189 na França. De família nobre, aos 15 anos ficou órfão de pai. Quando o rei Pedro II de Aragão morreu na luta travada contra os hereges albigenses e deixou o trono para o filho que tinha apenas seis anos de idade, Pedro Nolasco que só tinha 25 anos, recebeu a missão de mestre e tutor do futuro rei e lhe deu uma educação religiosa caracterizada por uma profunda devoção a Maria. Pedro Nolasco viveu num tempo marcado por muitas guerras. Durante a invasão da Espanha pelos mouros, muitos cristãos foram aprisionados. Os que abraçavam o islamismo eram tratados como homens livres, mas os que não renegavam a fé cristã eram tratados como escravos. Em 1218, aos 29 anos de idade, sob a inspiração de Nossa Senhora ele fundou a Ordem dos Mercedários e a colocou sob a proteção de Nossa Senhora das Misericórdias ou das Mercês dos Escravos. Além dos três votos obrigatórios a todas as Ordens Religiosas, ele acrescentou mais um: oferecer-se, quando necessário, como escravo dos muçulmanos, para libertar um cristão em perigo de renegar a fé. Para realizar essa missão, São Pedro Nolasco contou muito com a ajuda de São Raimundo de Penhaforte e do rei Jaime de Aragão I. Dos 26 mil prisioneiros libertados pela Ordem dos Mercedários no seu primeiro século de existência, 890 foram resgatados por São Pedro Nolasco. Graças aos mercedários e à generosidade dos cristãos, a obra obteve resultados fecundos. Pedro Nolasco contudo não se contentava em libertar os cristãos. Apesar do trabalho árduo, das torturas, sofrimentos, prisões, mesmo correndo risco de vida, ele insistia em pregar o Evangelho aos mouros. São Pedro Nolasco morreu no dia de natal do ano 1258 murmurando as palavras do salmista: “O Senhor reuniu seu povo”. A primeira imagem de Nossa Senhora que tocou o solo americano foi uma imagem da Virgem das Mercês, pintada por ordem de D. Isabel, a Católica, e doada aos mercedários, quando eles partiram para São Domingos.

O tipo de pirataria que fez milhares de escravos no passado, pode até ter acabado, mas a escravidão no mundo não terminou. Os homens continuam escravos de suas paixões e vícios, e continuam escravizando os irmãos. Essa é uma escravidão difícil de ser combatida, porque não se resolve nas mesas de conferências nem com resgates, mas é fruto de um novo modo de ser e de agir, da certeza de que se Deus é Pai de todos, ninguém nasceu para ser escravo nem senhor do outro, mas para ser e amar o outro como irmão.

SIGA-NOS NO Google News