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São Paulo aguarda resultados da triagem de aftosa

Melina Fernandes/ABr - 08 de novembro de 2005 - 19:28

Mesmo sem casos de contaminação de febre aftosa registrados em seu rebanho, o estado de São Paulo mantém os controles para impedir a entrada da doença. E está em alerta enquanto não for concluído o mapeamento dos focos no Paraná e no Rio Grande do Sul. Essas foram as conclusões da reunião realizada hoje (8) na Câmara Setorial Paulista da Carne Bovina, com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria estadual da Agricultura.

De acordo com o superintendente do ministério em São Paulo, Francisco Sérgio Ferreira Jardim, o estado mapeou a entrada dos animais – a maioria deles veio apenas para o abate – e aguarda a estabilização do controle da doença no Paraná, onde ainda falta a conclusão de exames, e no Rio Grande do Sul. Ele avalia que os problemas e embargos deverão estar amenizados uma semana após a divulgação dos dados técnicos finais do Paraná: "No caso de São Paulo, acredito que em 30 a 40 dias estará resolvido esse processo".

Jardim acrescenta que com a definição do quadro de focos de aftosa, os estados deverão rever as medidas preventivas e liberar o trânsito de animais em grande parte do Brasil. E enfatiza que a população pode consumir a carne sem riscos de contrair a doença: "O problema da aftosa é comercial. Quando o animal tem a enfermidade ele pode ser curado, mas passa a ser um reservatório e transmissor da doença, por isso tem que ser eliminado". Segundo o superintendente, a preocupação agora é com os contratos que serão firmados.

Celso Alberto Gonçalves, diretor do Grupo de Defesa Sanitária Animal, da Coordenadoria da Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, afirma que o estado também adotou medidas para evitar que a doença chegue aos seus rebanhos. "A partir do momento em que tivemos a notícia da febre aftosa no Mato Grosso do Sul e da suspeita no estado do Paraná, nós adotamos todas as medidas necessárias para preservar o patrimônio agropecuário no estado, o quarto ou quinto maior do país", informa.

Entre essas medidas, ele cita o estabelecimento de pontos nas divisas, para impedir o ingresso e o trânsito de animais sensíveis à febre aftosa e produtos, e a flexibilização do trânsito, "desde que houvesse critérios na parte industrial que pudessem inativar algum vírus de febre aftosa que viesse nesses produtos". O segundo passo, informa, será o abate imediato de animais sensíveis, que ele estima em torno de 80 mil.

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