As contas da Previdência Social apresentaram uma melhora em setembro, com redução de 1% das necessidades de financiamento em relação a agosto. O resultado da arrecadação frente às despesas no mês passado ficou em R$ 2,550 bilhões contra R$ 2,575 bilhões do mês anterior. Outro dado positivo é que a arrecadação líquida das empresas no período também confirma a tendência de aumento do emprego formal no país.

Em setembro deste ano, a arrecadação líquida feita pelo setor empresarial foi de R$ 5,19 bilhões contra R$ 4,84 bilhões relativos a setembro de 2003, representando um crescimento de 7,1%. A mesma evolução pode ser verificada com relação à arrecadação das empresas optantes pelo Simples que em setembro do ano passado foi de R$ 316 milhões e, no mesmo período deste ano, ficou em R$ 397,5 milhões, significando um aumento de 25,6%.

A secretária-executiva do Ministério da Previdência Social, Lieda Amaral de Souza, ressaltou que a arrecadação líquida de setembro foi a segunda maior já verificada no Regime Geral de Previdência Social em todos os meses, exceto para dezembro, que é atípico devido ao 13º salário. Lieda disse ainda que a ligeira queda de setembro em relação a agosto, que apresentou uma redução de 0,9%, se deveu em parte à greve dos bancários.

A recuperação de créditos também apresentou crescimento na comparação de todos os períodos. O resultado de setembro, que totalizou R$ 496,2 milhões, foi 5,7% maior que o de agosto, que ficou em R$ 469,4 milhões, e 10,4% acima de setembro do ano passado, cujo resultado foi de R$ 449,4 milhões. Segundo o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a recuperação de créditos vem apresentando um desempenho acima da média do ano passado, que era de R$ 440 milhões.

Segundo Helmut, o crescimento da recuperação de créditos se deve ao esforço de arrecadação e a melhoria das condições econômicas do país. Ele afirmou que os números positivos da economia estão possibilitando às empresas ter condições de ficar em dia com a Previdência.

A arrecadação líquida no acumulado do ano apresentou crescimento de 11,4%, totalizando R$ 66,2 bilhões contra R$ 59,4 bilhões verificados no período de janeiro a setembro de 2003. Os benefícios previdenciários apresentaram aumento ligeiramente inferior, ficando em 11% relativos ao acumulado de R$ 77,7 bilhões do ano passado contra R$ 86,2 bilhões deste ano. A necessidade de financiamento teve uma evolução ainda menor, ficando em 9,6%, totalizando no período R$ 20 bilhões.