A bancada do PT na Câmara decidiu na noite de ontem, por 36 votos contra 16 e uma abstenção, fechar questão em torno do salário mínimo proposto pelo governo de R$ 260,00. A Medida Provisória deverá ser votada em sessão extraordinária da Câmara já convocada pelo presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT/SP). A votação estava prevista para a próxima semana e foi antecipada para as 12h.

O parlamentar disse, no entanto, que a votação da matéria dependerá das negociações com os partidos da base aliada e da oposição durante toda a manhã de hoje, quando o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, pretende conversar com os líderes desses partidos na Câmara. O objetivo é garantir os 257 votos necessários para aprovar a Medida Provisória sem qualquer alteração.

A pauta de reuniões do ministro prevê o primeiro encontro com o líder do governo, deputado Professor Luizinho (PT-SP), às 9h. Em seguida, com o líder do PMDB, deputado José Borba (PR); com o do PP, deputado Pedro Henry (MT); o do PTB, José Múcio (PE); o do PL, Sandro Mabel (GO); o do PPS, Júlio Delgado (MG); o do PCdoB, Renildo Calheiros (PE); o do PT, Arlindo Chinaglia (SP); o do PSC, Pastor Amarildo (TO); o do PSB, Renato Casagrande (ES); o do PDT, Dr. Hélio (SP); e às 11h45, com o líder do PV, Sarney Filho (MA).

Por acordo firmado entre o presidente da Câmara e a oposição, serão realizadas duas votações nominais da proposta: uma, sobre o texto original e outra, sobre um novo valor para o salário mínimo. Para a aprovação da matéria é necessária maioria simples de votos – metade mais um dos presentes em Plenário –, desde que estejam presentes no mínimo 257 dos 513 deputados