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PRFs recebiam no mínimo R$ 1 mil por dia em propinas

Aline Queiroz e Nadyenka Castro/Campo Grande News - 20 de maio de 2008 - 18:07

Policiais rodoviários federais envolvidos no esquema de extração ilegal de madeira, desarticulado hoje, recebiam de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil em propinas por dia. Todos eram lotados no posto da BR-157 em Paranaíba, município distante 410 quilômetros de Campo Grande, por onde os carregamentos eram escoados.

Ao todo, cinco policiais foram presos e oito indiciados. Além dos policiais, foram presos: um servidor do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) de Três Lagoas, um do Imasul (Instituto Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e outro da Agenfa (Agência Fazendária) de Paranaíba.Todos foram descobertos durante a operação “Diamante Negro”, deflagrada esta manhã em quatro Estados: Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais e São Paulo.

Durante os trabalhos, 24 pessoas foram presas, 20 em Mato Grosso do Sul, duas em São Paulo, uma em Minas Gerais e uma no Maranhão. Na operação, 65 pessoas foram investigadas, 34 tiveram prisão temporária decretada e até a tarde desta terça-feira 24 já haviam sido presas.

O esquema - Os envolvidos no esquema extraiam madeira na maioria das vezes irregularmente, transformavam em carvão e falsificavam documentos para o transporte das cargas, que eram enviadas a siderúrgicas de Minas Gerais. Os proprietários das empresas também serão investigados.

As investigações apontaram ainda que os envolvidos no esquema também conseguiam adulterar o peso que constava no DOF (Documento de Origem Florestal). A cidade de Paraíba foi escolhida como ponto estratégico devido à facilidade encontrada na corrupção dos policiais.

Segundo a polícia, os donos das empresas responsáveis pela extração ilegal de madeira criavam empresas em nome de laranjas e, após contraírem dívidas milionárias com a Receita Federal, abriam outros estabelecimentos.

PRF - O superintendente da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Walter Favaro, afirma que a instituição começou a apurar o envolvimento dos policiais há dois anos e meio. Denúncias indicavam o esquema, fato que motivou a investigação.
O posto de Paranaíba contava com 17 policiais, dos quais 13 foram afastados. Para garantir a manutenção das atividades, outros policiais foram enviados ao local. Não foi apontada ligação dos chefes do posto no esquema.

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