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Preços dos combustíveis não vão subir, informa Petrobrás

Daisy Nascimento/ABr - 13 de maio de 2004 - 14:45

Os preços dos combustíveis não vão subir nos próximos dias. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobrás, Sérgio Gabrielle, a empresa não vai repassar para o mercado interno a alta no preço do petróleo no mercado internacional. Ele explicou que a Petrobrás está acompanhando a variação a longo prazo e que, o realinhamento no mercado interno só vai acontecer se a tendência de alta se estabilizar. O último reajuste da Petrobrás no preço do petróleo foi concedido no fim de abril de 2003.

Sérgio Gabrielle detalhou os resultados financeiros da Petrobrás, no primeiro trimestre deste ano, divulgados ontem. Em 2004, a empresa teve um lucro líquido consolidado de R$ 3,972 bilhões, o que representa um aumento de 30% no lucro apurado nos últimos três meses do ano passado.

A Petrobrás registrou, ainda, uma queda de 2% no volume total de venda no mercado interno, e de 3% no mercado externo, apesar da estabilização nos preços dos combustíveis no país. Esse resultado, segundo Gabrielle, explica-se pelas paradas programadas na produção, em algumas unidades, e pela necessidade de reposição do estoque, para evitar o desabastecimento.

Nos três primeiros meses ano a Petrobrás teve uma leve redução (-1%) na produção, sendo que no caso do petróleo e LGN houve uma variação negativa de 2% na produção. De acordo com o diretor, a Petrobrás importou mais petróleo cru, nos primeiros meses deste ano, para garantir a matéria-prima necessária para a produção de petróleo no país, e diminuiu a importação de derivados, como estratégia para não repassar para o mercado interno as flutuações de preços do mercado internacional.

Esses fatores, somados à desvalorização do real, nos três primeiros meses de 2004, à elevação nos custos de extração, que passou de R$ 2,85 para R$ 4,22, por barril, ao aumento nos preços dos serviços terceirizados, influenciados pela alta do dólar, aos aumentos salariais e contratação de pessoal, e compra de novos equipamentos, impactaram negativamente a receita operacional líquida consolidada da empresa.

No primeiro trimestre de 2004 a receita foi de R$ 23,212 bilhões, 3% inferior à dos últimos três meses do ano passado.

Na entrevista coletiva, os diretores da Petrobrás anunciaram também que até o fim de 2005 a produção de petróleo no país vai aumentar em mais 600 mil barris/dia com a entrada em operação das plataformas P34, P43, P48 e P50, totalizando uma produção média/ano de 1,8 milhão de barris/dia.

Ao divulgar os resultados, o diretor Sérgio Gabriele disse que as decisões de investimentos são politicamente corretas e economicamente válidas. Acrescentou que a Petrobrás apresenta uma situação financeira tranqüila “apesar das turbulências do mercado”.







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