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Geral

Poucos negócios, escalas curtas e arroba em alta

Beefpoint - 26 de fevereiro de 2010 - 11:11

Mesmo passado o carnaval, o mercado do boi gordo ainda caminha a passos lentos, com pouca oferta e escalas curtas.

Os produtores se mostram retraídos reduzindo o número de negócios nos preços atuais, por outro lado os compradores também evitaram elevar considerávelmente os preços pagos pela arroba e só aceitaram pagar mais aqueles que precisaram adquirir animais com urgência.

O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 77,44/@, na última quarta-feira, com valorização de 0,82% na semana (17/02 a 24/02). O indicador a prazo teve alta de 0,60%, fechando a R$ 78,54/@, no mês de fevereiro, até o momento, a variação acumulada é de 1,42%.

O discurso do presidente do Banco Central dos EUA (Fed) deixou os mercados mais otimistas, segundo notícias do InfoMoney. Em seu pronunciamento semestral no Congresso norte-americano, o presidente do Fed, Ben Bernanke, salientou que o nível elevado da taxa de desemprego continua sendo um fator de forte preocupação e que, apesar dos sinais de melhoria da situação econômica do país, o juro básico deverá se manter em níveis baixos por um longo período.

Por aqui, o Banco Central divulgou o fluxo cambial, mostrando que a saída de dólares superou a entrada em US$ 269 milhões nos 13 primeiros dias úteis de fevereiro. O resultado ocorreu graças ao saldo comercial, que ficou negativo em US$ 2,095 bilhões no período, ofuscando o saldo positivo de US$ 1,827 bilhão do saldo financeiro. No acumulado em 2010, o desempenho continua superavitário em US$ 806 milhões.

O Dólar (PTAX) compra terminou a quarta-feira valendo R$ 1,8195, uma retração de 0,60% ao valor registrado na semana passada. Com essa variação somada a alta do preço do boi gordo, levantado pelo Cepea, a arroba em dólares subiu para US$ 42,56 (+1,43% no período analisado). Em relação ao mesmo período do ano passado, quando a arroba valia US$ 33,67, a alta acumulada é de 26,39%.

O mercado futuro terminou a semana em alta. O primeiro vencimento, que será liquidado esta semana, fechou a R$ 77,66/@ na quarta-feira, com valorização de R$ 0,57. Os contratos que vencem em março/10 apresentaram vairação positiva de R$ 1,65, fechando a R$ 78,15/@. Os vencimentos de outubro/10 e novembro/10 foram os que registraram maior variação +R$ 1,96, fechando a R$ 83,76/@ e R$ 83,79/@, respectivamente.

Segundo as avaliações do Cepea, poucos agentes operaram no mercado pecuário nos dias posteriores ao carnaval. Apesar disso, os preços seguiram firmes no período, com oferta de animais para abate fortemente restrita devido ao recuo vendedor, a maioria dos frigoríficos consultados pelo Cepea trabalhou com escalas e volumes de abate reduzidos nos últimos dias. Mesmo aquelas unidades que geralmente se abastecem com animais de outras regiões encontraram dificuldade nas compras. A oferta de animais esteve restrita em qualquer patamar de preços ofertado por frigoríficos.

O leitor do BeefPoint, Humberto de Freitas Tavares, comentou que na região de Jussara/GO, a vaca gorda está sendo negociada a R$ 68,00/@, e novilha com peso acima de 12@ são cotadas a R$ 69,00, ambos os valores são livres de imposto e com 30 dias de prazo.

João Jacintho, informou que vendeu animais em Caçu/GO para um frigorífico paulista, a R$ 70,00/@ para pagamento à vista.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição - uma iniciativa do BeefPoint em parceria com a Bayer - para informar preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Segundo o Boletim Intercarnes, o mercado da carne se encontra estável, mas a demanda segue lenta e irregular desde o início da semana. A tendência esperada e de manutenção dessa estabilidade até que a procura melhore.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 6,40, o dianteiro a R$ 3,90 e a ponta de agulha a R$ 3,30. O equivalente físico foi calculado em R$ 75,33/@ na quarta-feira, com valorização de 4,23% na semana. Diante da forte valorização do preço da carne no atacado, o spread (diferença) entre indicador e equivalente recuou para R$ 2,11/@, ficando abaixo da média dos últimos 12 meses que é de R$ 3,55/@.

O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 601,21/cabeça, com queda de 0,97%. A relação de troca subiu para 1:2,13.

O leitor do BeefPoint, Antonio Pereira Lima, de Campo Grande/MS, nos enviou o seguinte comentário sobre o mercado sul matogrossense: "As águas no Pantanal estão subindo, muitos produtores já estão tirando o gado e este manejo forçado quebra o ciclo de produção. O produtor pantaneiro é um grande fornecedor de bezerros, os mais experientes já calculam uma quebra em torno de 300.000 bezerros, que pode ser ainda maior. A oferta já é menor que a demanda e a coisa pode piorar, quem precisa comprar não pode fazer corpo mole, se bobear fica na poeira. Desta vez o magro empurra o gordo, ou vai ou racha ou então arrebenta a boca da caixa".

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição - uma iniciativa do BeefPoint em parceria com a Bayer - para informar preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Exportação e abertura de novos mercados

"Temos que continuar aumentando nosso mercado externo", afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ao apresentar as prioridades de exportação do Brasil para 2010. "Hoje, somos grandes exportadores de produtos agropecuários, vendemos para quase 180 países, mas ainda temos mercados a serem abertos", alertou o ministro.

Segundo Stephanes, as carnes são prioridades para este ano. As negociações para a venda de carne suína ao Japão, China, União Europeia e Croácia vêm sendo intensificadas perante esses potenciais compradores que, somados, podem importar US$ 49,7 bilhões ao ano. Para a carne bovina, o governo brasileiro pretende chegar a mercados como Taiwan, Malásia e Indonésia, que têm a Austrália como principal fornecedora e compram, anualmente, US$ 763 milhões. "A maioria das questões de abertura de mercado já vem sendo tratada há mais de cinco anos e acreditamos que há condições de avançar no sentido comercial", comentou o ministro.

A estratégia de ampliação das exportações, em 2010, segundo o ministro, é a persistência. Ele ressaltou, no entanto, que este não é apenas um assunto do Ministério da Agricultura. "O governo tem que remover as barreiras sanitárias e fitossanitárias. Este ano, temos previstas 19 missões de negociações a 23 países. Além disso, vamos promover outras 12 missões comerciais, das quais a iniciativa privada vai participar, porque, cabe a ela efetivar os acordos comerciais com esses novos mercados", disse.

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