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Por que se dedicar ao aleitamento de nossos filhos?

Vivo Mais Saudável - 25 de setembro de 2017 - 09:00

Amamentar não é “automático”, parece simples, mas é um fenômeno psicossomático complexo, com variáveis socioculturais determinantes. Amamentar não é instintivo, uma fatalidade biológica como nos outros mamíferos. Nós somos animais mais “complicados” e inventamos “leite fraco”, “pouco leite”, mamadeiras, chupetas, bicos de silicone, pomadas, protetores de mamas, conchas, almofadas, sutiãs... uma parafernália de produtos dispensáveis.

Sinto que há preocupação excessiva com a compra de enxoval e equipamentos infantis. Há uma moda de ir ao exterior para comprar tudo o que o bebê “precisa”. Gasta-se uma pequena fortuna, mas se descuida do mais importante, o preparo da nossa “cabeça” com informação atualizada, com troca de experiências, com livros interessantes e até aplicativos e serviços de SMS para celular que já temos disponíveis.

Por que não se dedicar em um curso de preparação para o parto? Poderia ser tão normal quanto marcar uma consulta pediátrica pré-natal. Recomendo aos futuros pais: Conversem com Obstetras, Pediatras, Obstetrizes, Enfermeiras Obstetras, Nutricionistas, Fisioterapeutas, Doulas, Parteiras, com Psicólogos Perinatais.

E o mais importante, entendam que mudaram muito as recomendações sobre amamentação nas duas últimas décadas, temos que envolver as avós e avôs do futuro bebê com estes novos conhecimentos. Atualmente, a amamentação deve ser exclusiva, sem águas, chás, sucos. Não oferecemos mais mamadeiras e chupetas, não utilizamos cronômetros para controlar o tempo das mamadas, não se preparam mais os mamilos e aréolas passando buchas, pegando sol, fazendo exercícios mamilares. E nem liberamos as narinas do bebê com a mão em tesoura na mama, sabendo amamentar, mesmo com o nariz encostado no peito o lactente consegue mamar bem.

Na volta ao trabalho, aos 6 meses começamos com papinhas de legumes, de frutas e não damos outros leites e usamos copinhos e colheres. Muitos governos e empresas já ofertam licença de 6 meses para permitir que a amamentação exclusiva se prolongue o máximo possível e prossiga até os 2 anos ou mais.

Já temos bem estabelecidas as múltiplas vantagens de amamentar e do leite materno para as mulheres, para os bebês - benefícios que se prolongam por toda a vida, inclusive prevenindo doenças crônico-degenerativas e alergias na idade adulta e não só infecções como supúnhamos até recentemente.

Vale a pena esse investimento de tempo e de um pouco de recursos para que os novos pais façam essa viagem inédita para esse lugar fantástico – a maternidade e a paternidade prazerosa e consciente.

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