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Polícia indicia dez mulheres que praticaram aborto

Aline Queiroz/Campo Grande News - 01 de julho de 2008 - 20:03

A Polícia Civil indiciou na semana passada dez mulheres que praticaram aborto na clínica de planejamento familiar da médica Neide Mota Machado. Ao todo, mais de 2 mil são alvo de investigação, segundo a delegada do 1º DP (Distrito Policial) e responsável pelo inquérito policial, Regina Márcia Rodrigues.

De acordo com a delegada, o objetivo dos trabalhos é indiciar mulheres cujas fichas de registro junto à clínica apresentem “fortes indícios” da prática de aborto. Neste caso, serão indiciadas pessoas que tiverem exames para comprovação de gravidez, declaração de tratamento aberto e assinado pelo paciente e ficha de prescrição médica com data e horário de entrada e saída da clínica.

Regina esclarece que em 6 junho a Justiça devolveu à Polícia Civil as fichas encontradas no estabelecimento médico. Separadas aquelas cujo crime já havia prescrito, restaram para a perícia 2.092 fichas.

No entanto, algumas mulheres tinham mais de um registro na clínica e, por este motivo, cerca de 2 mil são investigadas. Segundo a delegada, as fichas referem-se a abortos praticados a partir de 2000. Após o indiciamento das dez mulheres, outras dez prestarão depoimento à Polícia Civil.

Sigilo – A delegada garante que todas informações acerca dos nomes das mulheres que fizeram aborto na clínica serão mantidos em sigilo. Só serão chamadas a prestar depoimento aquelas cujas fichas apresentarem fortes indícios da prática do crime.

Conforme Regina, na própria delegacia, as mulheres indiciadas são informadas que podem procurar ajuda no Centro de Atendimento à Mulher, localizado na Rua General Nepomuceno, 593, Vila Alba, em Campo Grande.

Entenda o caso - Em 06 de junho, a Polícia Civil retomou a análise das fichas das mulheres que estiveram na clínica da médica, acusada de aborto. As fichas foram separadas por data de atendimento.

Aquelas datadas de antes de 1999 serão encaminhadas para Justiça com pedido para que seja extinta punibilidade, pois o crime já prescreveu. As fichas em questão foram apreendidas na clínica em abril do ano passado, quando as investigações começaram. O estabelecimento médico funcionou por cerca de 20 anos na Rua Dom Aquino, região central de Campo Grande.

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