O último jogo da semifinal da Superliga feminina de vôlei entre Unilever e São Caetano/Blausiegel foi marcado por duas polêmicas. Durante o jogo, a ponteira Mari se irritou com provocações da torcida do Rio e mandou uma "banana" para as arquibancadas. Ao término do duelo, a levantadora Dani Lins gritou "acetona" em frente a uma câmera de TV, em referência ao fato de as jogadoras do time paulista estarem todas com unhas da mesma cor.

Técnico da seleção brasileira, José Roberto Guimarães não gostou das atitudes das atletas, na visão dele originárias da "falta de maturidade" de ambas. Ele, porém, não acredita que tais atos possam se refletir no clima do time verde-amarelo, que este ano tentará a inédita conquista do Campeonato Mundial.

"São coisas que elas precisam amadurecer", comentou o treinador, que disse só ter conversado com Mari sobre o assunto, já que até a última sexta-feira não havia encontrado Dani Lins. "A Mari tem que suportar a pressão da torcida, faz parte do jogo. (A banana) não se justifica, por mais que a torcida esteja pegando no seu pé. Pelo menos eu achei que ela não saiu no jogo, foi até melhor", analisou.

Para Dani Lins, que também acumula o cargo de capitã da seleção brasileira, o recado é parecido. "Foi uma delaração infeliz que surgiu na cabeça dela, mas isso vai fazer parte do próprio aprendizado da Dani. Foi uma palavra errada no momento errado, talvez ela quisesse brincar e viu que as coisas repercutiram mal. Não acredito que ela refaça isso", afirmou.

Nesta segunda-feira, as jogadoras da seleção brasileira se apresentam no Centro de Treinamento de Saquarema para iniciar a preparação para o Grand Prix e para o Mundial. Em bom ambiente, assegura Zé. "Clube é clube. A hora que elas juntam na seleção e que vestem a mesma camisa é diferente", assegurou.