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Pesquisadores obtém hidrogênio do álcool de cana

Agência Brasil - 28 de julho de 2003 - 15:19

Pesquisadores brasileiros concluiram o desenvolvimento de uma célula a combustível que utiliza o álcool da cana-de-açúcar para obter o hidrogênio necessário para a produção de energia elétrica. Com tecnologia totalmente nacional, o equipamento deve ser comercializado a partir de 2005 e coloca o país no rol daqueles que conseguem produzir energia por meio da quebra de moléculas de hidrogênio.
Composta por uma membrana polimérica recoberta por uma camada de carbono, a célula funciona como um catalisador de energia. Ao passarem pela célula, os átomos da molécula de hidrogênio se separam e liberam elétrons. A energia gerada é condicionada para uso em corrente alternada por um dispositivo próprio.
No momento os pesquisadores concluem a construção de um protótipo com 4 m² de área e capaz de gerar energia suficiente para abastecer um prédio de três andares. A grande novidade do equipamento brasileiro é o uso do álcool da cana e a extração do hidrogênio por meio de um reformador, processo térmico que eleva a temperatura do álcool a 350 graus. Nos Estados Unidos, por exemplo, o hidrogênio é extraído do gás natural.
Segundo o engenheiro eletrônico Gilberto Janólio, a célula a combustível está deixando de ser a energia do futuro para se transformar na energia do presente. “Brevemente o hidrogênio será obtido por intermédio de painéis solares”, afirma Janólio, um dos 60 profissionais das várias áreas da engenharia - eletrônica, elétrica, eletroquímica, de materiais e de controle - envolvidos no processo de desenvolvimento da célula.
“No século XX, o petróleo foi a base da atividade industrial, gerando o aumento das emissões de dióxido de carbono. No futuro, o hidrogênio deverá ser usado na geração de energia por meio de micropontos instalados em residências e indústrias”, prevê Janólio.
A Eletrocell, empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto da célula combustível brasileira, está incubada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP), onde o produto está sendo viabilizado para uso industrial e empresarial. (Com informações da Agência USP de Notícias).

Mauricio Cardoso

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