O recente reajuste nos preços dos combustíveis interrompeu uma seqüência de mais de quatro meses de queda gradativa das projeções de inflação, feitas por uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras consultados pelo Banco Central todas as sextas-feiras.

O aumento dos derivados de petróleo elevou de 6,80% para 7% o acumulado de reajustes, este ano, dos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação água, saneamento, transporte urbano e outros). Em contrapartida esses preços deverão ser menores em 2006, com redução de 5% para 4,85%.

A pesquisa do BC indica que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano deve ficar em 5,21%, e não mais 5,20% como previa a pesquisa da semana anterior; fruto da elevação da projeção de IPCA deste mês, de 0,25% para 0,33%.

Os economistas pesquisados mantiveram a projeção de 0,40% para a inflação de outubro, e reduziram para 4,77% a estimativa de IPCA para os próximos 12 meses. Abaixo, portanto, da perspectiva de 4,80% para a inflação de 2006, mas acima da meta oficial de 4,5%.

O Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP) permaneceu estável, com previsão de inflação de 4,37% na capital paulista.