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Geral

Parteiras reivindicam regulamentação da profissão e INSS

Nasi Brum/ABr - 27 de outubro de 2003 - 08:08

Brasília - A regulamentação da profissão é a principal reivindicação das parteiras do país. No 4º Encontro Nacional, realizado em Brasília na última semana, elas decidiram que vão se mobilizar para conseguir direitos sociais. De acordo com a coordenadora do encontro, Sueli Costa, existem hoje no país cerca de 60 mil parteiras que não recebem qualquer benefício do governo pelo trabalho que desempenham.

Josefa da Guia, de 59 anos, que começou s trabalhar como parteira aos 11 anos, no interior de Sergipe, calcula que já tenha feito mais de cinco mil partos. Ela afirmou que se orgulha da profissão, apesar das dificuldades. “Muitas vezes andei quilômetros de carroça, cavalo e até a pé para fazer um parto. Nunca perdi nenhuma criança.”.

As parteiras ganharam o apoio da deputada Janete Capiberibe (PT-SP), que apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados prevendo o pagamento dos partos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a regulamentação da profissão, as parteiras teriam direito à aposentadoria paga pelo (Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com a Coordenação Nacional do Movimento, apenas o estado do Amapá oferece ajuda às parteiras. Na avaliação da deputada, a aprovação de uma lei federal resolveria o problema em todo o país.

No final do encontro, as parteiras realizaram o “ritual do fogo”. No ritual são queimados, em um caldeirão, incensos e pedaços de papel com preces. O ritual do fogo é uma homenagem aos antepassados, e a quatro parteiras que morreram num acidente de avião, no ano passado

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