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Para governo e oposição, política econômica será a mesma

Agência Câmara - 27 de março de 2006 - 22:42

Deputados da base do governo e da oposição disseram que nada vai mudar com a indicação de Guido Mantega para o Ministério da Fazenda. A demissão do ex-ministro Antonio Palocci não foi vista com surpresa pelos parlamentares.
O líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que a indicação de Guido Mantega vai servir apenas para "tapar o buraco" até o final da gestão petista. Ele não espera novidades com Guido Mantega à frente da economia. "Mantega é um ministro em banho-maria. Foi ministro do Planejamento e nada aconteceu - nada de importante e de relevante. Foi presidente do BNDES de forma igual: tudo muito lento, muito devagar, tudo como se o governo estivesse esperando o tempo passar. E agora, no Ministério da Fazenda, a mesma coisa. O mercado financeiro e os banqueiros vetaram o senador Aloizio Mercadante e se escolheu um ministro com esse perfil, um homem que vai levar o ministério em banho-maria até acabar o governo este ano, se Deus quiser, por uma mudança na política econômica", disse ele.

Sem mudanças
O deputado Maurício Rands (PT-PE) disse que não haverá mudanças na área econômica. "Eu penso que o afastamento do ministro Palocci, ainda que definitivo, não vai colocar em risco a solidez da economia brasileira. Os fundamentos da política cambial, da política de juros e no equilíbrio fiscal estão já confirmando que a economia brasileira não vai sofrer abalos com a substituição de uma pessoa, porque o ministro Guido Mantega está indicado para o cargo e vai manter essas diretrizes".

Correções de rumo
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), também acha que nada vai mudar na política econômica. "A entrada de qualquer um para substituí-lo não vai mudar grande coisa na política. Só algumas correções de rumo, mas não dos fundamentos. Nós vamos ter a mesma política e, infelizmente, o Brasil vai continuar sendo o paraíso financeiro que é e a república dos banqueiros. Não creio que haja nenhuma mudança e isso só podemos esperar quando mudarmos o governo."

Embates
O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) afirmou no Plenário que esta semana deverá trazer fortes embates entre governo e oposição. Em primeiro lugar, ele destacou a necessidade de que a apuração do episódio da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa não se limite às demissões.
"Estive em diversas cidades do interior baiano, e a revolta dos cidadãos brasileiros é algo digno de registro histórico. Todos estão se colocando no lugar do caseiro, que foi vítima de uma agressão injustificável por parte do governo", afirmou.

Degenerescência
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) classificou o suposto envolvimento de Palocci na quebra do sigilo do caseiro e seu afastamento do cargo, como uma "degenerescência política". Na avaliação do deputado, "depois da luta dos militantes do PT para mudar a política, houve uma degeneração programática e partidária, com uma opção ideológica pelo neoliberalismo".

Responsabilidade
Para o deputado Osório Adriano (PFL-DF), apesar do "proveitoso trabalho na área econômica", o ex-ministro Antonio Palocci já deveria ter saído há muito tempo. "As finanças, a não ser a alta taxação de juros e outros pequenos problemas, estão sendo conduzidas no caminho certo, mas não podemos aceitar os acontecimentos das últimas semanas", afirmou.
Para o deputado, é preciso lembrar da responsabilidade de um ministro da Fazenda. Osório Adriano disse ainda que é necessário que o próprio presidente da República deixe de defender aqueles que cometem erros.

Defesa
O deputado Luiz Couto (PT-PB) defendeu o governo das críticas feitas pela oposição e declarou que o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai continuar a política econômica desenvolvida durante a gestão de Palocci. "Sabemos que o ministro que entra continuará exercendo a política de geração de emprego, do desenvolvimento, do investimento em obras sociais. Será a política que fará do Brasil um País decente", afirmou.

Caixa
O deputado Vicente Chelotti (PMDB-DF) disse que toda a diretoria da Caixa Econômica Federal, posta sob suspeita depois da quebra ilegal de sigilo do caseiro Francenildo Costa, deveria pedir demissão, para preservar sua credibilidade. O deputado lembrou que, ao ser instalada a CPMI dos Correios, o governo trocou toda sua direção, mantendo a instituição afastada do escândalo, que permanece como a mais confiável, segundo informou o parlamentar.

Da Reportagem
Edição – Wilson Silveira


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