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No mata-mata, Brasil volta para casa e Paraguai continua

Gazeta Esportiva/ Hélder Junior - 17 de julho de 2011 - 19:35

O Brasil voltou a jogar bem na tarde deste domingo, em La Plata, mas acabou eliminado da Copa América na disputa de pênaltis. Após um empate sem gols no tempo regulamentar e na prorrogação, a seleção de Mano Menezes foi derrotada por 2 a 0 pelo Paraguai nas penalidades. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred não conseguiram acertar o gol nem da marca da cal.

Dessa forma, o Brasil deixa a Copa América da mesma forma que anfitriã e rival Argentina, desclassificada pelo Uruguai também nos pênaltis. Por sua vez, o Paraguai agora aguarda o vencedor do confronto entre Chile e Venezuela, que se enfrentam em San Juan ainda neste domingo, para saber o seu adversário na semifinal de quarta-feira, em Mendoza.

O jogo - A vitória por 4 a 2 sobre o Equador, na última rodada da fase de grupos da Copa América, resgatou a confiança da seleção brasileira. Recepcionado com os gritos de \"o campeão chegou\", no Estádio Ciudad de La Plata, o time de Mano Menezes tomou a iniciativa de atacar desde os primeiros minutos.

Até um conhecido empecilho de La Plata não parecia incomodar a seleção brasileira. O gramado local continuava ruim, assim como na estreia contra a Venezuela. Desta vez, no entanto, o Brasil conseguia trocar passes com velocidade, sem se importar em soltar areia do campo a cada dividida mais ríspida.

Ao Paraguai, que tinha a sua saída de bola pressionada pelos atacantes brasileiros, restava apostar nos contra-ataques. A torcida argentina até tentou incentivar o time vermelho e azul, exaltando Maradona como \"maior do que Pelé\", mas o goleiro Júlio César só foi incomodado quando seus defensores estavam desatentos na marcação.

A torcida brasileira respondeu, com berros de \"pentacampeão\", e a equipe amarela começou a criar as suas primeiras chances mais claras de gol. Aos 26 minutos, a zaga paraguaia bobeou, Robinho ficou com a bola e passou para Neymar. O atacante do Santos (que despertava gritos histéricos todas as vezes em que aparecia no jogo) chutou para fora, perto do alvo.

Com agilidade - o meia Paulo Henrique Ganso não tinha o mesmo ritmo dos demais -, o Brasil voltou a assustar o Paraguai no final do primeiro tempo. O lado esquerdo do campo era o caminho mais curto para o gol. Por lá, André Santos bateu falta para Lúcio se esticar e obrigar o goleiro Justo Villar a fazer bela defesa. Depois, aos 39, o lateral recebeu lançamento de Ramires e finalizou por cima da meta.

O Paraguai se esforçou para esfriar o jogo no princípio do segundo tempo. Vaiado, Villar demorou a repor a bola já na primeira defesa que fez. O Brasil não se permitiu influenciar pela postura do adversário. Logo aos três minutos, Neymar foi acionado por Pato, deixou um marcador no chão e concluiu errado. Maicon ficou a com a sobra e bateu em cima da defesa adversária novamente.

Como a estratégia de desacelerar a partida não surtiu efeito, o Paraguai passou a também atacar, sob as orientações do técnico Gerardo Martino. A iniciativa abriu mais espaços para o Brasil avançar. Aos 21, até o zagueiro Lúcio se aventurou à frente pela direita, de onde deixou a bola para Ganso chutar no pé da trave, depois de desvio de Villar.

Apesar do bom momento, Mano Menezes decidiu modificar a sua seleção aos 35 minutos. Neymar, que ficou mancando após um lance mais duro, saiu de campo sob vaias para a entrada de Fred. Parte da torcida brasileira reprovou a alteração e chamou o técnico de \"burro\".

Mas não houve tempo para hostilizar Mano Menezes. Na primeira investida com Fred em campo, Alexandre Pato invadiu a área e arrematou em cima de Villar. O próprio atacante ficou com o rebote, desequilibrado, e cabeceou para fora. O Brasil insistiu até o final do tempo regulamentar de jogo - e o Paraguai também, quando tinha espaços para isso -, porém não evitou a prorrogação.

Antes de partida recomeçar, a seleção brasileira se uniu à beira do campo para ouvir as recomendações de Mano. Para quem cobrava mais empenho da equipe, os jogadores voltaram ao jogo com excesso de disposição. O volante Lucas Leiva protagonizou uma confusão com Alcaraz, e os dois acabaram expulsos pelo árbitro argentino Sergio Pezzotta, aos 12 minutos de tempo extra.

Com Lucas e Elano nas vagas de Ganso e Pato, o Brasil pressionou o Paraguai durante todo o segundo período de prorrogação. Já não havia mais organização tática. Robinho e seus companheiros apostaram nas jogadas individuais para findar o confronto antes dos pênaltis, o que não foi possível, e ainda expuseram o time às investidas paraguaias.

Nas penalidades, Elano desperdiçou logo a primeira pelo Brasil. Chutou por cima do gol e foi consolado por seus companheiros. Barreto deu sobrevida à seleção de Mano Menezes ao bater para fora, pelo Paraguai, porém Thiago Silva facilitou a defesa de Villar em seguida. André Santos e Fred também isolaram a bola, e Estigarribia e Riveros conferiram para o classificado Paraguai.

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