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Nelson Valente lança livro sobre Jânio Quadros

Bruna Girotto - 05 de março de 2013 - 13:27

Capa do livro "Jânio Quadros: O Estadista"
Capa do livro "Jânio Quadros: O Estadista"

LIVRO: JÂNIO QUADROS: O ESTADISTA
AUTOR: NELSON VALENTE
EDITORA: EDICON
432 PÁGINAS E ILUSTRADAS COM FOTOS E BILHETINHOS ( INÉDITOS)
PATROCINADOR: FUNDAÇÃO PRESIDENTE JÂNIO QUADROS

Release:

Em “Jânio Quadros. O estadista” o que o leitor irá saber sobre Jânio?
As verdades sobre o ex-presidente Jânio Quadros e, também as mentiras contadas, tais como: a expressão – fi-lo porque quilo, invasão das Guianas, bebidas, desequilíbrios, que Jânio Quadros, queria voltar nos braços do povo, fechar o Congresso, etc.
De todo o material que você tem sobre Jânio, qual é o período mais marcante?
O jingle “Varre, varre, varre, vassourinha…” para a campanha política de Jânio Quadros a Governador de São Paulo, em 1954.
As peças publicitárias de caráter oficial apresentavam o candidato numa postura mais séria, em estilo tradicional, com cabelos penteados e roupas alinhadas. Já as peças publicitárias produzidas por simpatizantes demonstram um Jânio carregado de traços regionais, incorporando costumes e tradições das várias regiões do país em estilo bem populista. É o caso da capa de um pequeno livro, sem referência do local, mas pelas características da figura produzido a partir de um personagem típico do nordeste: o cangaceiro. Na animação é mostrada uma charge de Jânio com a barba por fazer, bigode desalinhado, olhos arregalados, usando um chapéu de cangaceiro e tocando uma sanfona. Logo abaixo vem a mensagem: “Ó xente! O povo falou tá falado!”.
Nas várias regiões do país o povo construía a imagem de JQ a sua maneira, as habilidades físicas e sensitivas do candidato produziam várias imagens no receptor que, de alguma forma, encontravam ressonância no povo. Ele soube compreender as tradições regionais do país e aplicá-las adequadamente conforme a sua intuição.
Na propaganda soube, a partir de São Paulo, se desdobrar em vários “jânios” pelo resto do país, nunca perdendo a individualidade, mas incorporando outras características conforme os contrastes regionais.
O jingle musical sobre a vassourinha de Jânio se popularizou muito na campanha presidencial de 1960, a ponto de surgirem pelo país compositores que produziram outras marchinhas e canções em oferecimento ao candidato J.Quadros. Em algumas ocasiões os autores mandavam as partituras para os coordenadores da campanha avaliarem se era possível transformá-las em material de campanha. As letras também endossavam as mensagens ideológicas de outras peças publicitárias.
A canção abaixo é um exemplo dos desdobramentos da marchinha ” Varre, varre, varre vassourinha ” de 1954. Tendo como referência a vassoura (ideia de D.Eloá, quando residia na Rua Rio Grande, Cambuci), outro simpatizante, Garibaldi Biassoli, de Ribeirão Preto-SP, compôs esta canção:
Vassoura
Bis- Varre varre vassourinha
Com ardor firme e viril
Bis – Desde a sala e a cozinha
A sujeira do Brasil
Que novos elementos ele agregou na campanha para a presidência?
Jânio – Vereador
A imagem política de J.Quadros foi sendo composta associando-se modernização à eficiência da administração pública. Ele se apresentava como um político novo e refazendo a liguagem política no Brasil, com práticas voltadas para critérios impesssoais e na defesa da racionalização do Estado.
Jânio – Deputado Estadual
Para essa campanha confeccionou cartazes com a frase: ” Jânio pede o seu voto ” e contou com simpatizantes para distribuí-los no interior do Estado de São Paulo. E como deputado, sempre defendendo o direito do consumidor.
Jânio – Prefeito
Surgiu um dos mais expressivos slogans de sua carreira política: ” A revolução do tostão contra o milhão” . Simbolizava a luta de um candidato humilde, sem o apoio da máquina política.
Jânio – Governador
Surge em sua campanha o seguinte slogan: ” Honestidade e Trabalho “. Na realidade JQ se apresentou novamente como um candidato pobre, de saúde combalida. Seu perfil magro lembrava um sujeito mal-alimentado. O jingle “Varre, varre, varre, vassourinha…” para a campanha política de Jânio Quadros a Governador de São Paulo, em 1954.
Os bilhetinhos de JQ foram uma excelente estratégia política para o governador atrair a imprensa, sem pedir que ela o procurasse. Os célebres “bilhetinhos” só o eram para o público, pois para JQ, eram despachos, papeletas ou memorandos altamente enérgicos e exigentes. Essas ordens escritas foram cognominadas “bilhetinhos” por um jornal de São Paulo, com o intuito de depreciá-los, mas o efeito foi contrário, e eles ganharam a notoriedade e a importância que realmente importava.
Jânio – Deputado Federal
JQ lançou-se candidato a deputado federal pelo Paraná pelo PTB, em 1958. Venceu com a maior votação do Estado e passou a ocupar os dois cargos simultaneamente.
Jânio – Presidente
Nascia o MPQ – Movimento Popular Jânio Quadros , presidido pelo meu conterrâneo de Novo-Horizonte/SP, Castilho Cabral – Slogan : ” Jânio vem ai !. Vendas de botons e vassorinhas no famoso livro de Ouro. O jingle “Varre, varre, varre, vassourinha…” para a campanha política de Jânio Quadros à presidência da República.

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