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Mulher é condenada a 38 anos de prisão por morte de babá

Juliane Sacerdote/Agência Brasil - 11 de agosto de 2006 - 20:12

Condenada na madrugada de hoje (11) a 38 anos de prisão em regime fechado, por tortura e assassinato da adolescente Marielma de Jesus Sampaio, que trabalhava como babá em sua casa, Roberta Rolim saiu presa do Tribunal do Júri de Belém (PA) e poderá ser transferida do Centro de Recuperação Feminina para um presídio.

O julgamento durou mais de 16 horas e segundo o promotor Paulo Godinho, “a defesa já entrou com recurso, para tentar um novo julgamento, porque o advogado dela, Dorivaldo Belém, esperava absolvição, ao alegar que Roberta Rolim fora forçada a participar do crime”.

Godinho informou ainda que a defesa vai recorrer também do tempo de condenação, já que pela legislação brasileira, uma pessoa pode ficar presa por 30 anos, no máximo.

O julgamento do marido de Roberta Rolim, Ronivaldo Furtado, também acusado do assassinato da adolescente, foi suspenso porque os advogados alegaram que ele é esquizofrênico. Não foi marcada ainda uma data para o julgamento.

O crime ocorreu em novembro de 2005 e ganhou repercussão internacional, por envolver questões como o trabalho infantil, violência doméstica e tortura. Segundo a representante do Fórum Paranaense de Erradicação do Trabalho Infantil, Maria Conceição de Castro, durante seu depoimento, Roberta Rolim chegou a afirmar que o marido era o autor do crime. Marielma havia sido autorizada pela família a morar com o casal para cuidar do filho deles e, em troca, receberia uma cesta básica e teria a oportunidade de estudar.

Maria de Castro lembrou que a pressão das entidades que combatem o trabalho infantil e lutam pelos direitos da criança e adolescente levou os réus a julgamento. "Isso foi uma violência, mas em conseqüência do trabalho infantill", avaliou.

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