Os eleitores de Mato Grosso do Sul votarão nas eleições deste ano utilizando um novo modelo de urna eletrônica, que em 2006 completa dez anos de utilização no País. Os equipamentos começaram a chegar ontem, em um lote com 900 das 5.532 previstas para chegar até meados de agosto. Além do Estado, receberão o novo modelo Rondônia e Santa Catarina.

Cada um dos novos equipamentos será testado nos próximos dias. Há uma equipe de cerca de dez pessoas trabalhando somente com isso no Estado. A nova geração de urnas tem avanços em relação ao modelo utilizado no Estado em 2004. São equipamentos com processadores que vão gerar economia de energia, possibilitando um aproveitamento por mais tempo caso falte luz em algum local de votação.

Outra diferença no modelo 2006 é que ele têm uma memória maior, de 128 mega, contra 64 das urnas antigas ou seja, o dobro. Isso deve dar agilidade ao processo de votação. As urnas já vêm adaptadas para uma mudança futura, da assinatura digital pelo eleitor. Mas a impressão do voto, que chegou a ser testada em eleições anteriores, não será mais possível.

O grupo de logística do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reúne desde ontem técnicos para falar sobre o uso das novas urnas. Segundo Alexandre Oyakawa, analista judiciário, esta urna não será um modelo intermediário.

Histórico- A urna eletrônica é utilizada no Estado desde as eleições de 1996 - neste ano ela ficou restrita a Campo Grande. Em 1998 foi utilizada nas principais cidades e em 2000 em todos os municípios.

Este ano, os eleitores deverão votar em cinco cargos - para presidente, governador, senador (em MS se encerra o mandato de Juvêncio César da Fonseca), deputado federal e estadual. Em Mato Grosso do Sul são 4.839 seções de votação. Aquelas com menos de 50 eleitores serão agregadas a outras.

Um levantamento feito em 2004 em Dourados, Paranaíba, Vicentina e Campo Grande apontou que o tempo médio de votação por eleitor foi de 1min12. A expectativa é que essa média se mantenha nestas eleições.