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Mitos e verdades sobre a vitamina D

Terra - 20 de março de 2016 - 07:00

De uns tempos para cá, os médicos começaram a pedir mais exames e a indicar a reposição de vitamina D para mais pacientes. Esta substância, essencial para o bom funcionamento do corpo, anda em baixa no organismo da maioria das pessoas, e um dos culpados pode ser o protetor solar, que impede a absorção dos raios solares.

A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel que atua na manutenção do tecido ósseo. Por isso pode prevenir a osteoporose. Ele também ajuda a evitar a obesidade e a depressão, controla o sistema imunológico, impedindo o aparecimento de doenças autoimunes como a esclerose múltipla, e protege o coração, pois participa do controle das contrações do músculo cardíaco. Com tantas funções e benefícios, muito se tem falado sobre essa vitamina, mas algumas informações parecem confusas e podem gerar dúvidas. Por isso, fomos atrás de especialistas para saber o que é verdade e o que é mito sobre a vitamina D. Confira:

O sol é a única fonte de absorção de vitamina D?
Mito. Existem duas formas de se obter vitamina D: através de alimentos ou pela exposição solar. Os alimentos que naturalmente possuem essa vitamina são os peixes oleosos, como o salmão, os cogumelos, as frutas e os vegetais. Entretanto, o dermatologista Gabriel Aribi explica que a obtenção desta substância pela exposição solar é mais eficiente que pela alimentação. “Quinze minutos de exposição solar por dia, entre 9h e 15h, já são suficientes para a produção de vitamina D necessária ao organismo”, diz o médico.

O filtro solar prejudica a absorção da vitamina D?
Verdade. Segundo Aribi, a ação do filtro solar diminui a área exposta ao sol, diminuindo, assim, a absorção da vitamina. “Mas todos os pacientes sempre deixam alguma área do corpo exposta”, completa o dermatologista. É importante entender que o filtro solar não é o vilão, sendo necessário para proteger a pele dos efeitos malignos dos raios solares UVA e UVB. “Se a pessoa aplicasse o filtro solar completamente, sem deixar de fora nenhuma parte do corpo, aí sim, o filtro prejudicaria a absorção da vitamina D”, afirma o médico.

Um dos sintomas da falta de vitamina D é o cansaço?
Verdade. A endocrinologista Maria Fernanda Barca explica que cansaço, dores musculares, indisposição, dores nos ossos e baixa imunidade podem ser sintomas de uma possível deficiência de vitamina D.

Um pessoa precisa de 20 mil unidades de vitamina D por dia?
Mito. Maria Fernanda diz que a quantidade diária pode variar de acordo com as necessidades de cada um. “Ela pode ser de mil unidades internacionais por dia (uma unidade internacional corresponde a 0,025 microgramas de vitamina D), mas pode chegar a 2 mil, 5 mil e até 10 mil unidades por dia”, conta a endocrinologista. Os bebês necessitam de 600 unidades, já as crianças, de 800 unidades ao dia. A especialista também explica que, apesar destes valores unitários serem variáveis, o nível de vitamina D no sangue tem de chegar a 40 ng/ml.

A falta de vitamina D na gravidez é prejudicial ao bebê, podendo até levar ao aborto?

Verdade. O ginecologista Franco Chazan afirma que a falta de vitamina D nas primeiras 26 semanas de gestação pode provocar pré-eclâmpsia e, se a deficiência continuar, pode provocar o aborto. “Para o bebê, a carência dessa substância também pode aumentar o risco do nascimento prematuro e afetar diretamente a formação óssea e muscular”, conta o médico. Para controlar a carência dessa e de outras vitaminas, ele aconselha a realização regular de exames durante a gestação.

A vitamina interfere na fertilidade dos homens?
Verdade. Segundo Maria Fernanda Barca, um estudo recente do médico Martin Jensen Blomber, da Dinamarca, comprovou que essa vitamina regula o modo como o corpo absorve o cálcio dos alimentos. “Com uma maior quantidade de cálcio, há uma melhor movimentação do esperma, o que facilita a fertilização do óvulo”, diz a endocrinologista. Ela conta que o mesmo estudo mostrou que as células de homens férteis e inférteis apresentam diferenças importantes no que diz respeito a uma das proteínas responsáveis pela absorção da vitamina D: “os que têm limitações reprodutivas motivadas pela baixa qualidade do sêmen não têm estas proteínas no esperma”, explica.

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