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Ministro defende permanência do menino Sean Goldman

Iolando Lourenço , Agência Brasil - 22 de abril de 2009 - 18:50

Brasília - O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defendeu hoje (22), em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que o menino Sean Goldman fique no Brasil com seus familiares brasileiros, mas que seu pai biologico David Goldman tenha direitos irrestritos de visitá-lo no Brasil. O ministro observou, no entanto, que a decisão sobre o destino do menino é da Justiça brasileira.

“Uma decisão unilateral da Justiça brasileira, seja qual for essa decisão, a Secretaria de Direitos Humanos está convencida de que terá danos para a criança”, disse o ministro Vannuchi. E acrescentou: “Essa criança não deve ser forçada a decidir se quer ficar ou não no Brasil, porque poderá trazer danos psíquicos extremamente graves”.

Também em nome da Secretaria de Direitos Humanos, Patrícia Lamego, informou que o pai de Sean deverá vir proximamente ao Brasil para manter contatos com os familiares que cuidam da criança e tentar um entendimento amigável.

Segundo ela, David Goldman luta há mais de quatro anos para levar seu filho para os Estados Unidos e que ele esteve no Brasil logo após a morte da mãe do seu filho, Bruna Bianchi, para tentar conversar com os avós de Sean. Ela informou, ainda, que David reconheceu que aquele não era o momento propício para o contato.

O advogado da família brasileira de Sean Goldman, Sérgio Tostes, disse que houve um equivoco “muito grande” do pai de Sean Goldman, por ocasião do pedido de posse do menino. Segundo ele, Sean Goldman já manifestou o desejo de continuar morando no Brasil, onde “é muito bem tratado e cuidado pelos seus familiares”.

O advogado disse que o fórum apropriado para discutir a extradição de Sean é a Justiça brasileira. “Se a Justiça brasileira decidir que Sean deve ir para os Estados Unidos, eu posso afiançar em nome da família, que ele irá para os Estados Unidos”. Ele informou, ainda, que estava na audiência pública da Câmara numa posição de “absoluta conciliação e entendimento”.

O menino Sean Goldman, de 8 anos, vive no Rio de Janeiro e sua guarda está sendo reivindicada pelo seu pai, o norte-americano David Goldman. Ele nasceu nos Estados Unidos e se mudou para o Brasil com sua mãe há mais de quatro anos.


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