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MEC destinará R$ 25 milhões para criação de escolas

Irene Lôbo / ABr - 26 de outubro de 2004 - 13:16

Uma das maiores dificuldades encontradas pelos jovens na hora de buscar o primeiro emprego é a falta de experiência profissional. Mudar esse quadro é a proposta do Programa Escola de Fábrica, lançado hoje (26) em Brasília pelo governo federal. O programa será direcionado para a formação profissional de jovens de baixa renda, de 15 a 17 anos.

Até o final do próximo ano, a meta é criar 500 escolas no interior de fábricas, empresas e unidades produtivas e formar no mínimo 10 mil alunos por ano. A coordenação das escolas ficará a cargo de organizações não-governamentais (Ong), chamadas de unidades gestoras, que receberão do Ministério da Educação um volume de recursos que pode chegar a R$ 25 milhões. O processo de seleção das Ongs será especificado em edital a ser publicado em 30 dias.

No lançamento oficial do programa, o secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad, disse que o grande mérito do projeto é universalizar e transformar em política pública uma experiência que a sociedade já desenvolve. Ele explicou que o MEC entrará com o aporte de recursos inicial e com o apoio das escolas técnicas federais, que irão formatar uma política pedagógica adequada e o material didático dos cursos.

“Os recursos e o material pedagógico vão ser oferecidos às instituições não-governamentais gestoras do programa, que vão justamente fazer o trabalho de sensibilização das empresas para a implementação dos projetos”, afirmou.

Os alunos selecionados farão cursos de formação profissional em diversas áreas da indústria, comércio e prestação de serviços, e receberão também noções de cidadania. Podem participar do projeto empresas de todo o país com mais de 300 funcionários. Elas devem fornecer aos alunos espaço físico adequado, móveis, instrutores da própria empresa, alimentação, uniforme, transporte, bolsa de estudos de meio salário mínimo, material didático e seguro de vida em grupo.

“Uma vez selecionadas as instituições gestoras, bastará a empresa procurar os gestores selecionados para estabelecer a parceria, que é uma relação tripartite: governo federal, instituições não-governamentais que já detém uma experiência acumuladas em projetos dessa natureza e as empresas parceiras”, explica Haddad.

Os alunos beneficiários do programa devem ser de baixa renda, ter entre 15 e 17 anos, habitar em comunidades vizinhas à empresa, estar cursando o ensino fundamental ou médio em escola da rede pública e não estar matriculado em cursos de educação profissional ao ingressar no programa.

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