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Mato Grosso do Sul tem 21 focos de febre aftosa

Lana Cristina/ABr - 03 de novembro de 2005 - 17:08

O estado do Mato Grosso do Sul tem 21 focos de febre aftosa, todos localizados na área de risco sanitário, interditada desde que foi detectado o primeiro caso no país neste ano. A chamada "área tampão" engloba os municípios de Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Itaquiraí e Iguatemi e tem um raio de 25 quilômetros.

Na última terça-feira (1º), quando confirmou a existência de 10 novos focos no estado, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Jorge Caetano, afirmou que os animais doentes estão em uma área de assentamento rural, com propriedades muito pequenas. "Algumas têm só seis animais ao todo", disse.

Como os novos focos estão próximos às propriedades onde surgiram os primeiros casos do estado, a confirmação da ocorrência da doença foi feita pela análise de sinais externos dos animais. Ou seja, aumento da temperatura corporal, salivação intensa e se o animal apresenta feridas na boca e no casco. "Na região dos assentamentos onde foi detectada a doença, está havendo diagnósticos clínicos e epidemiológicos. A área onde está acontecendo o problema é menor do que algumas propriedades onde foi detectado antes. Não tem sentido dizer que é diferente dos focos já detectados. Por isso é confirmado (o foco) de forma clínica", explicou Caetano.

O primeiro caso de aftosa registrado no Mato Grosso Sul foi na fazenda Vezozzo, no município de Eldorado, confirmado no dia 8 de outubro. Com os 10 casos divulgados no último dia 1º, totalizam três focos em Eldorado, um em Mundo Novo e 17 em Japorã.

Há suspeita de que a aftosa também tenha chegado ao Paraná. A secretaria estadual de Agricultura anunciou no último dia 21 que propriedades de quatro municípios paranaenses tinham animais com sintomas da doença. Foi colhido material dos animais doentes para análise e, até o momento, o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Belém, não divulgou o resultado. "Até o momento, não se conseguiu isolar o vírus. Por isso, foi enviado novo material no último fim de semana para mais análises", disse Jorge Caetano. Segundo ele, o resultado pode sair amanhã (4).

Por causa da suspeita de focos de aftosa no Paraná, o Ministério da Agricultura editou instrução normativa no dia 1º definindo 36 municípios do estado como área de risco sanitário. São 32, além dos municípios onde estão os animais doentes: Maringá, Grandes Rios, Amaporã e Loanda. Caetano explicou que a medida é preventiva, ainda que não haja resultados conclusivos sobre o caso. "A interdição de propriedades é correta. É normal que se faça isso quando há indícios de contaminação", disse.

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